sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Protótipo Avallone


A 29ª edição da Mil Milhas, disputada em janeiro de 2001, foi palco da última participação do grande Antônio Carlos Avallone em corridas, bem como de sua cria, o Protótipo Avallone - Chrysler. Digo participação, mas deveria dizer aparição, pois a aparição se resumiu à tentativa de classificação e menos de uma volta de apresentação. Na ocasião, Avallone, que estava inscrito no carro Nº3 com Fernando Gonçalves, chegou a completar uma volta de classificação, mas quando foi abrir a segunda, se envolveu em um toque com um Corsa no S do Senna. Na corrida, rodou na volta de apresentação, quando a pista estava molhada e ainda com detritos por consequência do temporal que desabou em Interlagos na tarde do dia da prova, e o carro apagou, não largando para a prova. Infelizmente, o saudoso Avallone já estava doente e veio a falecer no dia seguinte a prova, aos 68 anos.




Motor Dodge V8 com 4 carburadores Webber

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Miguel Paludo e a "Nascar Bus"




A brincadeira deve ter sido no mínimo divertida, hein? Miguel Paludo em corrida disputada com antigos ônibus escolares no Charlotte Motor Speedway em Julho desse ano.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O recorde "relativo" de Kimi Räkkönen de corridas na pontuação


Hoje um assunto do qual ninguém fala muito hoje em dia me veio à mente. Trata-se do "recorde" de 27 corridas consecutivas em que o Finlandês Kimi Räikkönen terminou na zona de pontuação, marca esta obtida entre o GP do Bahrain de 2012 e o GP da Hungria deste ano. Caía então mais um recorde do Alemão Michael Schumacher, que até então havia obtido a marca de 24 corridas entre o GP da Hungria de 2001 e o GP da Malásia de 2003.

Pois bem, nada contra o feito de Kimi, ainda mais que sou torcedor dele também. Mas a questão é que a mídia, principalmente a detentora dos direitos televisivos da F1 no Brasil, propaga esse feito como algo absoluto, como se a intenção fosse "mostrar que mais um recorde do alemão que massacrou o Rubinho na Ferrari foi superado". Sim, de fato a quantidade de corridas na pontuação obtidas por Kimi é maior que a obtida por Schumacher (27 a 24). Mas é de fundamental importância lembrar que quando Schumacher obteve esse recorde, a pontuação ia somente até o 6º colocado. Isso vigorou até 2002, pois de 2003 a 2009, a pontuação foi estendida até o 8º colocado. No caso de Kimi, a sequencia na pontuação foi obtida entre 2012 e 2013, quando a pontuação já era estendida ao 10º colocado. Portanto, é óbvio que a chance dele terminar nos pontos era bem maior que a de Schumacher, no que pese o fato dele estar pilotando uma Ferrari, o carro campeão da época.

É de se levar em conta que, caso fosse adotado critério de pontuação da mesma época (quero deixar claro que não estou falando da quantidade de pontos e sim das posições valoradas com pontos), a sequencia do finlandês teria sido quebrada já na 3ª corrida, em função do 9º lugar obtido no GP de Mônaco de 2012.

Mas no meio da temporada, ele ainda teve outra sequencia que se encaixaria no critério antigo. Por 13 corridas, mais especificamente do GP do Canadá ao GP dos Estados Unidos de 2012, Kimi terminou sempre entre os 8 primeiros. Por isso, é necessário analisar "certos recordes" antes de valorá-los, sem contundo cair no vazio de comparar certos aspectos de épocas diferentes, como por exemplo, o total de pontos obtidos na carreira.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Mitsubishi Eclipse


Hoje o assunto do blog é sobre um japonês que foi novidade no grid das Mil Milhas do final dos anos 90. Não se trata do Satoru Nakajima, muito menos do Takuma Sato, e sim, do Mitsubishi Eclipse GS Turbo 2.0 da 1ª geração de Valdir Florenzo (piloto e perito criminal aposentado e vencedor dos 1000 km de Brasília de 1985).

A 1ª aparição desse carro em uma Mil Milhas ocorreu na edição de 1998, quando Florenzo formou trio com Rodolfo e Bruno Massari. Nos treinos, o trio teve como melhor tempo a marca de 2min00s344, suficientes para deixá-los na 24ª posição do grid (31 carros marcaram tempo). No final, um ótimo 6º lugar, com 354 voltas completadas.

Antes de participar da edição de 1999 da prova, realizada em Curitiba, o mesmo trio alcançou o 3º lugar nos 1000 km de Brasília de 1999, atrás somente de 2 protótipos. Já na Mil Milhas de 1999, Florenzo teve a companhia de Rodolfo Massari e Peixoto Júnior, para terminar a prova no 28º lugar com 143 voltas completadas (o vencedor completou 433).

Com o hiato da prova em 2000, o Mitsubishi voltou, juntamente com a prova em 2001. Desta vez, o trio de pilotagem foi formado por Florenzo, Luiz Paternostro e o futuro bicampeão da Stock Car, Giuliano Losacco. Nos treinos, o tempo de 1min54s297 os deixou na 31ª posição no grid (60 carros marcaram tempo). Quanto à performance na corrida, foram 131 voltas completadas, suficientes para deixá-los na 42ª posição na geral.

Em ação nos 1000 km de Brasília de 1999



Foto: Arquivo pessoal de Napoleão Ribeiro

domingo, 1 de dezembro de 2013

Corvette C5-R na Mil Milhas de 2006


No início do ano falei sobre o Corvette da Família Pimenta que fez algumas aparições nas Mil Milhas realizadas na década de 90. Hoje o assunto também é sobre um Corvette, também amarelo, só que um C5-R, que veio para o Brasil em janeiro de 2006 exclusivamente para disputar a 34ª edição das Mil Milhas Brasileiras.

O bólido em questão é um Chevrolet Corvette C5-R (geração de corrida lançada em 1999), que conta um poderoso motor Chevrolet V8 7.0 de cerca de 650 cavalos, pertencente à equipe belga GLPK Carsport. No ano de 2005 esse Corvette havia vencido duas provas do FIA GT, realizadas em Imola (Itália) e Zuhai (China), além de ter sido terceiro lugar nas provas realizadas nos circuitos de Oschersleben (Alemanha), Bahrain e Dubai. A Milhas Brasileiras de 2006 seria sua última prova, pois naquela temporada daria lugar à geração mais recente, o C6-R, lançado no início de 2005.

Para correr com o Chevrolet no Brasil, os pilotos Alencar Jr., Paulo Gomes e Clemente Lunardi contaram com o auxílio do piloto holandês Mike Hezemans, titular em várias conquistas desse carro no mundial de GT. No primeiro treino livre para prova o quarteto alcançou a volta mais rápida, com a marca de 1min34s429, colocando uma vantagem de quase 2 segundos para o Mercedes CLK DTM de Tony Kanaan/Raul Boesel/Pedro Lamy. Nos treinos classificatórios, o Corvette só foi superado pelo protótipo ZF 01 V8, obtendo a marca de 1min32s586 e o 2º lugar no grid de largada.

Paulo Gomes foi o responsável pela largada, e logo mostrou o poder do carro ao assumir a liderança da prova na 21ª volta, passando o protótipo ZF. A liderança durou até a 30ª volta, quando Paulo foi para os boxes. Pouco antes da quebra de motor do ZF, o Corvette voltou à liderança na 54ª passagem, liderando por cerca de 20 voltas, quando foi ultrapassado pelo posterior vencedor, o Aston Martin de Nelson Piquet. Os líderes tocaram mais uma vez de posição, e com pouco mais de 5 horas de prova, o Aston Martin liderava, com o Corvette mais atrás ainda, devido à uma rodada sob o comando de Clemente Lunardi. E após as 6 horas de prova, perdeu ainda mais espaço, por conta de problemas com o cabo do acelerador. No fim, o bólido americano terminou na 7ª posição, 33 voltas atrás do vencedor.