Lançada em março de 1994, a Station Wagon Audi RS2 é uma verdadeira "loba em pele de cordeiro". Por mais que a carroceria lhe dê a identidade de carro familiar, o desempenho é digno de um carro com "genética" esportiva. Debaixo do capô, um 2.2 litros, de 5 cilindros e 20 válvulas, auxiliado por um turbocompressor e intercooler (resfriador de ar para a admissão), era capaz de gerar 315 cavalos e levá-la dos 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos. Para passar essa potência para o chão, câmbio manual de 6 marchas e tração integral nas 4 rodas. Foram produzidos cerca de 2900 exemplares da RS2, e cerca de 60 vieram para o Brasil. Enfim, um verdadeiro esportivo que só tem seu lugar ameaçado em minha garagem (rsrsrsrs, sonhar é de graça e faz bem à saúde) pela sua sucessora, a RS4, lançada em 2001.
Na 31ª edição da Mil Milhas Brasileiras, disputada em janeiro de 2003, uma RS2 mostrou sua cara e aguentou as quase 12 horas de disputa, chegando ao final com as marcas da madrugada de Interlagos, mas firme e forte. Na ocasião, a SW alemã foi pilotada pelo quarteto José Roberto Venezian/Denis de Freitas/Juliana Carreira/Luís Carreira Júnior (então campeão da Copa Clio, categoria que havia estreado em 2002). No grid, marcou o 49º tempo (dos 60 carros que marcaram tempo) com 2min00s545. Já na corrida, o desempenho foi melhor, pois a posição final na classificação geral foi o 15º lugar (com 301 voltas completadas) e o 4º lugar na categoria 1, perdendo para 3 Porsches GT3 (inclusive o vencedor na geral) e para a rival Marea Weekend Turbo, na época uma veterana na prova.