domingo, 20 de dezembro de 2020
Carretera Chevrolet Corvette na Mil Milhas de 1961
domingo, 22 de novembro de 2020
Chevrolet Opala Divisão 3 em 1970
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
Equipe Hot Car de Amadeu Rodrigues na Stock Car
Na noite do dia 31 de outubro de 2020, o automobilismo brasileiro perdeu um dos seus mais aguerridos personagens. Em virtude de um acidente rodoviário ocorrido próximo à entrada da cidade de Uberlândia/MG, o ex-piloto e atual chefe de equipe Amadeu Rodrigues nos deixou aos 65 anos de idade, quando regressava à São Paulo com integrantes de sua equipe, após disputar no Autódromo de Goiânia/GO uma das etapas do Brasileiro de Endurance.
A carreira de Amadeu no esporte a motor possui vários marcos importantes, tanto como piloto, como na chefia de sua própria equipe, a Hot Car, fundada em 1980, que teve participação em várias categorias. Já que outras publicações de maior gabarito falaram muito mais detalhadamente sobre o assunto, a nossa postagem de hoje ficará restrita à história da Hot Car na Stock Car.
A equipe estreou na categoria na temporada de 2001, ano que marcou a introdução dos motores V8 carburados, derivados da então Busch Series da Nascar (atual Xfinity Series). Naquela temporada, o carro da equipe foi pilotado inicialmente pelo pernambucano Adson Moura, que após 05 etapas, foi substituído por Tom Stefani. Em 2002, a equipe colocou 02 carros na pista, sendo o primeiro com Rodrigo Hanashiro (todas as etapas) e o outro com Hélio "Pingo" Saraiva, que disputou apenas as 02 primeiras provas daquele ano.
No ano seguinte, todos os esforços foram concentrados no carro do goiano Giuseppe Vecci, um belo Vectra com pintura prata e verde. Porém, em 2004, a equipe disputou apenas as 02 últimas corridas, com os carros de Wanderley Reck Jr. (11ª etapa) e Cláudio Caparelli (12ª etapa).
O ano de 2005 trouxe novamente a estratégia de se concentrar em apenas um carro, desta feita, sob o comando de Wagner Ebrahim. E assim apareceram os melhores resultados até então, os 02 quintos lugares obtidos nas etapas de Brasília/DF (7ª etapa) e Buenos Aires/ARG (10ª etapa).
Com a melhoria obtida na temporada anterior, a Hot Car passou preparar 02 carros, neste caso, os Astras de Geraldo "Mano" Rola e Popó Bueno. Embora os resultados de Mano Rola tenham sido discretos, Bueno trouxe uma evolução maior à equipe, frequentando em algumas oportunidades os 10 primeiros lugares da classificação final.
2007 foi a temporada que marcou o primeiro pódio de um carro da equipe. Tal marco fora conquistado na 9ª etapa, disputada no Autódromo Juan y Oscar Gálvez, em Buenos Aires/ARG, com o 3º lugar de Popó Bueno.
Mantido para a temporada 2008, Popó Bueno conseguiu levar a Hot Car pela primeira vez aos playoff's, a etapa decisiva da temporada que era composta pelas 04 últimas corridas, na qual apenas os 10 melhores colocados disputavam o título (terminou na 7ª posição na geral). Já o outro carro da equipe fora dividido entre Juliano Moro e Mário Romancini (03 últimas corridas), sendo que o destaque ficou para a 6ª etapa, disputada em Interlagos/SP, em que Moro e Popó terminaram na 8ª e 9ª posições, respectivamente.
O último ano de Popó na equipe foi a temporada de 2009, quando dividiu o box com Norberto Gresse, então campeão da Stock Car Light. Neste ano, a vitória passou muito perto em Tarumã/RS, quando Popó Bueno foi 2º lugar naquela que foi a 11ª etapa.
Com a saída de Popó, a sua vaga fora ocupada em 2010 pelo ex F1 Antônio Pizzonia, enquanto o outro carro fora dividido entre Ricardo Sperafico (6ª e 7ª etapas) e Norberto Gresse (demais corridas). Neste ano, mais um pódio para a equipe, com o 3º lugar de Pizzonia na 5ª etapa, que teve como palco o circuito de rua montado em Ribeirão Preto/SP.
Na temporada de 2011, mudança total na dupla de pilotos, que passou a ser formada pelo bicampeão (2004 e 2005) Giuliano Losacco e Eduardo Leite. O melhor resultado foi o 4º lugar obtido por Losacco, na 11ª etapa, disputada em Brasília/DF.
Nos anos seguintes a Hot Car teve como duplas:
2012: Eduardo Leite e Diego Nunes
2013: Raphael Matos e Wellington Justino
A tão sonhada 1ª vitória veio em 2014, com o piloto Raphael Matos na 16ª etapa (2ª corrida) disputada em Santa Cruz do Sul/RS, ano em que Matos dividiu o box com Felipe Lapenna. Matos ainda registrou a melhor volta da 6ª etapa, realizada em Goiânia/GO.
Embora 2015 tenha sido um ano de resultados mais discretos, a movimentação se deu em razão dos diferentes pilotos que conduziram os carros da equipe. O titular Raphael Abbate teve como companheiros de equipe Fábio Fogaça (9 primeiras etapas), o primeiro estrangeiro a correr pela equipe, o argentino Mauro Gialombardo (10ª e 11ª etapas), e o pernambucano Beto Monteiro (12ª etapa).
De volta à equipe, Lapenna foi companheiro de equipe de Raphael Abbate na temporada de 2016, sendo que o destaque ficou com o 4º lugar obtido por Abbate na pista de Santa Cruz do Sul/RS, durante a 4ª etapa.
Os últimos anos não foram de grande destaque para a equipe, que teve os seguintes pilotos:
2017: Gustavo Lima e Sérgio Jimenez
2018: Rafael Suzuki (3º lugar em Cascavel/PR), Guilherme Salas (6 primeiras etapas), Renato Braga (6ª etapa), Nestor Girolami (7ª e 8ª etapa) e Ricardo Sperafico (9ª a 12ª etapas)
2019: Rafael Suzuki, Pedro Cardoso (8 primeiras etapas), Tuca Antoniazi (10ª a 12ª etapas) e Agustín Canapino (5ª etapa).
Na atual temporada, a Hot Car tem preparado apenas o carro de Tuca Antoniazi, que na rodada de Curitiba/PR, teve o apoio de equipes como a Ipiranga Racing (Andreas Mattheis) e pilotos como Vitor Genz e André Bragantini Jr. nos boxes, diante das dificuldades sofridas com a perda do chefe e os ferimentos sofridos por componentes da equipe. Aliás, a própria etapa recebeu o nome de GP Amadeu Rodrigues, e dentre as homenagens, tivemos o carro de Antoniazi correndo com o nº 2 (tradicional de Amadeu quando era piloto), 1 minuto de silêncio antes da corrida de sábado e as filhas de Amadeu recebendo o troféu de 1º lugar na corrida de sábado, vencida por Thiago Camilo.
Muita luz nessa nova jornada para você, Amadeu! E vida longa para a Hot Car!
Hélio "Pingo" Saraiva - 2002 |
Giuseppe Vecci - 2003 |
Geraldo "Mano" Rola - 2006 |
Popó Bueno - 2007 |
Juliano Moro - 2008 |
Mário Romancini - 2008 |
Norberto Gresse - 2009 |
Popó Bueno - 2009 |
Antônio Pizzonia - 2010 |
Giuliano Losacco - 2011 |
Eduardo Leite - 2011 |
Diego Nunes - 2012 |
Rafael Mattos - 2014 |
Raphael Abbate - 2015 |
Fábio Fogaça - 2015 |
Beto Monteiro - 2015 |
Mauro Giallombardo - 2015 |
Felipe Lapenna - 2016 |
Sérgio Jimenez - 2017 |
Guilherme Salas - 2018 |
Renato Braga - 2018 |
Nestor Girolami - 2018 |
Tuca Antoniazi - 2020 |
Agustín Canapino - 2019 |
domingo, 25 de outubro de 2020
Protótipo Aldee RTT de Marco Scalamandré: Um clássico que continua fazendo história nas pistas
Em março de 2019 (confiram no menu lado), tive a oportunidade de contar um pouco da história de um carro de corrida que já protagonizou grandes performances nas pistas brasileiras, sobretudo em Interlagos. Trata-se do Aldee RTT que pertence aos pilotos Marco Scalamandré e Rodrigo Garcia, carro este que já fora utilizado em Mil Milhas Brasileiras e Paulista de Automobilismo, e que atualmente disputa a categoria Gold Classic.
Na segunda etapa do certame, disputada em 11 de outubro deste ano, o grid fora formado por incríveis 52 carros, divididos em 07 categorias, sendo que a geral fora vencida pelo Ford Maverick de Leovaldo Petry, pela soma dos tempos das 02 corridas. Em segundo lugar na geral, ficou o Aldee do qual esse blog é fã, que registrou a melhor marca da prova, com 1m31s371, depois de largar da 3ª posição (tempo de treino: 1m30s900).
Enfim meus amigos, fiquei muito feliz em receber essa notícia do amigo Rodrigo Garcia, que nos mostra que um carro com projeto de cerca de 30 anos de idade pode continuar evoluindo e se manter em alto nível, disputando de igual para igual com carros mais potentes (Maverick, Omega e Mercedes) e mesmo outros com menor peso (Puma, Fusca, Karmann Ghia).
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
Ford Escort de João Campos & Cia. em 1988
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
Uma disputa em 1965
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Honda Civic Si 2008 de Luiz Cláudio Leão: Um semi-pista feito de detalhes
O destino do ser humano é um aspecto que causa controvérsias desde que o mundo é mundo. Afinal, nossos caminhos são pré-concebidos, traçados desde o início, ou de fato somos os arquitetos de nossa trajetória? Prefiro acreditar que somos a mistura desses dois elementos, ora agindo, ou cumprindo desígnios maiores.
Mas tem certas coisas que já vêm no sangue, e esse é o caso da paixão de Luiz Cláudio Leão, de 26 anos, por carros, mecânica e esporte a motor. Nascido em Jacksonville, Flórida (EUA), mas criado em nossa capital, suas influências vieram de família, pois seu avô, Sr. Luiz Cláudio Leão (Lulu Leão), sempre se dedicou a modificar os carros e barcos que teve, sendo inclusive um dos primeiros clubistas da Sports Car Club of America, quando morou nos EUA. No mesmo caminho, está seu tio-avô, Sr. Mariozinho Leão, que é colecionador de carros antigos, dono de um acervo de raridades (na sua garagem estão clássicos como: Cadillac Fletwood 2 portas 1959; Rolls Royce Silver Cloud 1962; Rolls Royce Silver Dawn 1953; Bentley S2 1959, Delage D8 1938 e Jensen Intercerptor), e tanto entende do riscado, que é considerado uma enciclopédia do antigomobilismo mundial. E seu pai, Sr. Luiz Paulo Leão, começou a pilotar com 16 anos de idade, tendo participado de inúmeras categorias durante 40 anos de carreira, tais como: Pernambucano de Kart, Divisões 1 e 3, Fórmulas VW e Ford, Spyder Race SP e PE, Copa Corsa e corridas de longa duração.
Nessa família com gasolina no DNA, Luiz Cláudio não poderia ter seguido outro caminho, não é? Tanto o é, que seu pai o ensinou a dirigir cobrando o punta-taco, já na pegada de quem sabe como tirar o máximo que um carro pode proporcionar. Porém, o ponto central dessa matéria não é a família do nosso amigo, assunto este que ficará para uma postagem mais completa adiante, mas sim, o Honda Civic Si de Luiz Cláudio, preparado para andar muito bem, dentro e fora das pistas.
Trata-se de um exemplar ano 2008, adquirido em agosto de 2019 de um amigo irmão seu de Recife/PE, que o havia comprado no ano de 2014. Desde essa época, seu atual proprietário acompanha o desenvolvimento do bólido, sendo que a maior parte das modificações fora feita quando o veículo ainda estava em Recife/PE. Atualmente, o carro conta com 207 HP e 21 kgfm no motor 2.0 16v, além dos seguintes itens:
2. Escape Skunk2 Megapower R
3. Intake (admissão de ar frio do motor) customizada (réplica da versão de competição da Honda, a Mugen)
Pois bem, caro leitores, hoje contamos a história de um carro que embeleza e faz sucesso nas ruas de Maceió/AL, cujo dono é um aficionado por automobilismo e mecânica desde criança, e que não poderia deixar de fora deste espaço. Fiquem com algumas fotos retiradas do Instagram (@garagemdoleao) de seu dono: