Lançado no Brasil em 1983, o Ford Escort MK3 (baseado na terceira geração do modelo comercializado na Europa) logo ganhou as pistas, como forma de estratégia de marketing da montadora norte-americana, que desde o lançamento do Maverick (mais precisamente ocorrido no ano de 1973), não tinha um produto capaz de fazer frente aos concorrentes nas provas de curta e longa duração (o Corcel II teve uma aparição tímida, sobretudo restrita ao Torneio Philco Corcel II, entre 1980 e 1982).
Disponível nas versões L, GL e Ghia, o Escort tinha na versão XR3 a sua expressão esportiva, embora o desempenho do comportado motor CHT 1.6 a álcool (com 73,4 cv de potência) não fizesse jus ao visual moderno da versão, equipada com rodas aro 14, teto solar, bancos esportivos, aerofólio e defletores aerodinâmicos.
Na Mil Milhas do ano seguinte, o novato Ford mediu forças com carros com mais tempo de pista (desenvolvimento), como os Fiat's 147/Spazio e Oggi, VW Passat e Chevrolet Chevette. E não fez feio, pois dos 10 primeiros colocados, excetuando-se os 04 primeiros, que eram Opalas Stock Car (carros com potência muito superior), 02 Escort's se meteram no meio dos Fiat's que dominaram o Brasileiro de Marcas e Pilotos do ano anterior. O nº 77, pilotado pela dupla Aloysio Andrade Filho/Ciro Aliperti Jr., terminou na 8ª posição com 192 voltas completadas, enquanto o nº 62, de Luiz Evandro "Águia" e Dedê Gomes, veio logo atrás, com 02 voltas a menos.
Além dos dois exemplares supracitados, foram inscritos na prova mais 02 Escort's: O nº 46, de Alex Dias Ribeiro/Ernesto Zogbi, e o nº 1, do trio Walter "Tucano" Barchi, Sérgio Louzão e Valdir Florenzo, que protagonizou uma cena hilária, contada neste blog há mais de 12 anos atrás. Infelizmente não fora possível encontrar imagens e o resultado final do carro de nº 46.
Escort nº 62 em primeiro na fila, seguido de um Fiat e do Escort nº 77 |