segunda-feira, 30 de maio de 2011

Coisas de corridas









Já dizia Fangio: "Carreras son carreras". Isso é uma máxima e hoje, por mais de uma vez, ela se confirmou.

500 Milhas de Indianápolis 2011. Corrida histórica, 100 anos de prova celebrados e 95 edições disputadas. Domínio inicial do canadense Alex Tagliani e da dupla Scott Dixon e Dario Franchitti com os carros da Ganassi. Brasileiros escalando posições no meio do grid (sobretudo Tony Kanaan), mas longe dos ponteiros. Nas últimas voltas, a liderança surpreendente de Danica Patrick, que deu lugar a Bertrand Baguette cerca de 10 voltas depois. A vitória parecia ter dono, quando Baguete foi aos boxes faltando 4 voltas. Seria então a 3ª vitória do Escocês voador? Não. A conta da Ganassi deve ter sido para 495 Milhas e Franchitti se arrastava na pista para não ter uma pane seca.

Finalmente o vencedor estava definido: JR Hildebrand. Um americano, vencendo as 500 Milhas, coisa quem não acontecia desde 2006 com Sam Hornish Jr. O público estava de pé, aplaudindo cada passagem de Hildebrand. A equipe já comemorava, e acho que até ele mesmo. Bandeira branca de última volta, curvas 1, 2, 3, 4 e... Bateu! Luciano da Valle já soltava a tão conhecida frase de Téo José: Não perde mais! Mas ao ver o retardatário Charlie Kimball na última curva, Hildebrand se afobou, tentou passá-lo e acabou saindo do traçado, indo parar na sujeira. O resultado, invariavelmente é o muro. E foi o que aconteceu. E para acrescentar mais emoção ainda à prova, Hildebrand cruzou a linha de chegada em 2º, se arrastando pela pista com o carro em frangalhos. Se Dan Wheldon estivesse um pouco mais distante, Hildebrand tinha ganho a prova mesmo assim. Mas corridas são corridas, e a vitória ficou com Wheldon. A sua 2ª nas 500 Milhas. E todas as glórias para ele. 500 Milhas é sinônimo de surpresa. Até mesmo na última volta ou na última curva. Ontem foi mais uma delas. Em 1989 Al Unser Jr. e Emmo Fittipaldi duelaram até a batida de Jr., na penúltima volta.

Mas o domingo ainda reservou outra supresa. Na Coca Cola 600, etapa da Nascar disputada no circuito oval de Charlotte, a liderança mudou de mãos na última curva. Dale Earnhardt Jr., filho do heptacampeão falecido em 2001 liderava a prova até a última curva, quando ficou sem combustível e deu a vitória a Kevin Harvick. Dale quebraria o hiato de 105 provas se vencer na categoria.

E como não lembrar do GP da Europa de 2005? Kimi Räikkönen liderava até a última volta, quando a suspensão da Mclaren estourou, fazendo cair um vitória quase certa. E quem comemorou foi Fernando Alonso, quem ao fim da temporada, seria o campeão.

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