domingo, 9 de dezembro de 2012

A Corrida do Milhão poderia ser ainda melhor


Na manhã de hoje foi realizada a última etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car, batizada de Corrida do Milhão, por conta do prêmio pela vitória. A prova foi repleta de surpresas, pois devido ao alto valor do prêmio ofertado ao vencedor, os pilotos se arriscaram mais porque apenas 7 deles ainda brigavam pelo título. O resto foi pau na máquina o tempo todo! Nem tanto...

Alguns fatores ainda atrapalham o bom andamento das corridas da Stock Car. No caso em questão, o tempo foi um deles. A corrida de hoje teve 50 minutos de duração, 10 a mais que o habitual. O acréscimo de tempo foi uma providência louvável, porém não o suficiente. Se por acaso a prova tivesse pelo menos 60 minutos de duração, a parada nos pits para reabastecimento e provável troca de pneus ( o desgaste teria mais influência da tocada do piloto, pois o asfalto de Interlagos é novo, pouco abrasivo) seria um fato certo. Mas a dúvida se o combustível seria suficente para chegar até o final prejudicou a corrida de muita gente. Ainda foi feita uma tentativa de dar uma mãozinha aos pilotos, com a entrada do safety car por mais de uma situação, que ao meu ver, poderia ter sido dispensado em pelo menos um momento. E acrescente-se a isso o fato de que a pista continuou com vários pontos com pedaços dos carro, o que mostra que mesmo com o safety car, a limpeza da pista não foi o objetivo principal.

Ainda ao que diz respeito ao combustível, comentou-se na transmissão que não era necessário o carro ter uma amostra de etanol para análise ao fim da prova. Então a corrida é vale - tudo? Quem quisesse correr escondido com gasolina pura (maior octanagem) poderia então? Ou isso foi algo programado, sabendo que o combustível poderia não ser suficiente para chegar ao final sem parar?

Mas a maior crítica que tenho a fazer é em relação à subordinação da organização em relação à emissora de TV, o que compromete e muito a dinâmica da prova. Uma corrida de 50 minutos já não tem muito tempo para estratégias e disputas, imagine os habituais 40 minutos. Será que os telespectadores não têm o direito de assistir ao pódio, ouvir o que os primeiros colocados têm a dizer sobre a prova? Hoje nem o resultado final foi mostrado! Até que ponto é vantajoso se submeter a tantas exigências de tempo? Há anos a Formula Truck mantêm contrato com a Band e o retorno para os patrocinadores é enorme, todos os anos. Porque não procurar outro canal e iniciar uma nova fase na categoria? É aquela história de perder um pouco hoje, para ganhar muito mais amanhã.

E por fim, acredito ter sido uma injustiça o que foi feito com o piloto Fábio Fogaça. Ainda que ele já tenha certa experiência em carros de turismo, não lhe foi dada a permissão de fazer testes extras com o equipamento da Stock, ao contrário do que foi dado aos pilotos oriundos da Indy. Assim como Helinho Castroneves, Rubinho, Tony Kanaan e Raphael Mattos, Fogaça também estreva na categoria.

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