sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Passat nas Mil Milhas

Um dos maiores clássicos nacionais, o VW Passat também teve desempenho notável na maior prova de longa duração do Brasil. A estreia do modelo só se deu na edição de 1981, pois na época do lançamento do Passat, a Mil Milhas Brasileiras estava ausente do calendário, em virtude da crise do petróleo.

A performnace foi das melhores, com um 7º lugar na classificação geral obtido pelo trio Clemente Faria, Edson Yoshikuma e José Junqueira, ainda com outros três modelos entre os 10 primeiros, com vitória também nas respectivas categorias:

Categoria Hot Car:

Passat Hot Car Nº 10 Edson Yoshikuma, José Junqueira e Clemente Faria – 198 voltas (7º na geral)
Passat Hot Car Nº 04 Egídio Micci, Toninho da Matta e Aroldo Bauermann – 196 voltas (pole position e 8º na geral)
Passat Hot Car Vicente Corrêa e Waldir Silva – 188 voltas (9º na geral)

Turismo até 1600 cc:

Passat Divisão 1 Luís Marcos Pinto, Gunther Klaasen e Joel Silva – 186 voltas (10º na geral)
Passat Divisão 1 Marcelo Toldi e Ricardo Gonçalves Jr. – 183 voltas (11º na geral)

Em 1983, a surpreendente vitória do Passat Hot Car do trio Vicente Corrêa, Valdir Silva e Fausto Wajchemberg, que não chegou a pilotar o carro. O início da prova foi dominado pelos fortes Opalas Stock Car, porém, a durabilidade e resistência, fundamentais numa prova de endurance, foram os pontos fracos desses carros, abrindo caminho para a liderança do Passat. Ao fim da prova, o VW estava sem freio e teve que dar uma volta a mais na pista, devido à desatenção do então secretário municipal de esportes de São Paulo, que no mesmo "estilo" Pelé no Gp Brasil de F1 de 2002, deu a bandeirada após o vencedor passar pela linha de chegada. Mas a vantagem de 4 voltas era confortável para o 2º colocado, um Opala quase standard, e a vitória estava a salvo. Um modelo Passat também ficou com a 4ª posição na corrida, com o trio Roberto Mourão, Vinícius Pimentel e Rodrigo Castro.

De 1984 a 1986, o Passat teve resultados modestos na prova, muito devido ao fato da maioria dos pilotos terem adotado outro modelo da Volkswagen, o Voyage, que fazia sua estréia nas pistas. Em 1987, um ótimo 8º lugar obtido pela dupla Marcos Galasso e José Cherchiai (187 voltas), perdendo apenas para os mais potentes Opala e Maverick.

Em 1988, um Passat derivado do então poderoso Brasileiro de Marcas e Pilotos terminou a prova na 10ª colocação, sendo pilotado pelo trio Alvino Pereira, Marcos Paioli e Jairo Rechulski, numa prova onde a potência dos Opalas foi ameaçada pela durabilidade dos carros do Marcas e Pilotos.

No ano seguinte, mais dois modelos Passat entre os 10 primeiros colocados, os dois primeiros na categoria. Foram eles:

8o Passat Marcas Alvino Pereira, Marcos Paioli e Jindra Nicolau Kraucher – 188 voltas
9o Passat Marcas Nº 47 Fernando La Rocque, Fernando Montá e Gustavo Vieira – 187 voltas

Na primeira Mil Milhas disputada no novo traçado, em 1990, dois Passat's marcaram presença entre os 15 primeiros colocados:
  
10º VW Passat nº 22 Mauricio Seraphim, Carlos Teixeira e Nelson Vicentini – 312 voltas
13º VW Passat nº 86 Milton Vieira, César Hervello e César Fior – 304 voltas

Em 1992, houve o 10º lugar na geral para a dupla Sérgio dos Santos e Urubatan Helou, com 337 voltas completadas.

Performance melhor foi obtida em 1993, com o 7º lugar do trio Amadeu Rodrigues, Paulo Quinan e Sérgio Vicentini, no Passat nº 38, após 343 voltas na corrida.

Em 1994, o ótimo 8º lugar na prova, derrotando veículos muito mais novos e mais potentes, como BMW 325i, Omega, Opala, Mustang e Aldee RTT. A marca foi alcançada pelo trio Robby Perez, Mário Dalicane e Tadeu Kowalzuck, no Passat nº 61, que também foi o 2º lugar na categoria B (carros motor até 2000 cc).

A partir de 1995, não foram encontrados registros de Passat's que tenham disputado as Mil Milhas. Caso alguém possua, deixe um comentário e adicionarei a informação!

















2 comentários:

  1. Olá André. A foto de 1983 é a décima foto, contando de cima para baixo (Passat Hot Car branco).

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