sexta-feira, 10 de novembro de 2017

O Piloto Airton Daré


Nossa postagem de hoje vai ser dedicada a falar um pouco sobre a carreira do piloto Airton Daré, que no fim dos anos 90 e início da década de 2000, fez grandes participações no automobilismo norte americano, figurando entre as grandes revelações da época. E que ainda teve tempo de sagrar-se pentacampeão brasileiro de jet-ski.

Nascido na cidade de Bauru, interior de São Paulo, em 09 de fevereiro de 1978, Daré iniciou sua carreira no automobilismo em meados de 1994, na Fórmula Fiat Uno, enquanto que nos dois anos seguintes fez várias aparições na Fórmula Chevrolet, iniciando sua carreira nos monopostos. Nesta categoria, teve resultados discretos, porém marcando presença constante entre os 10 melhores colocados, sobretudo em 1996. Pode-se destacar a 4ª etapa da temporada de 1996, quando chegou a andar na 2ª posição, na etapa que marcou a reinauguração do autódromo de Curitiba, além da etapa seguinte, quando largou na 19ª posição e terminou a corrida no 8º posto. Mas o ponto alto foi a 8ª etapa, disputada no circuito de rua montado em Vitória-ES, quando conquistou o 2º lugar.

Já no ano de 1997, estreou no automobilismo norte americano, na categoria Indy Ligths, pela equipe de Brian Stewart. Neste ano, terminou o campeonato na 9ª posição, tendo como melhores resultados os sextos lugares obtidos em Long Beach e Gateway.

O ano seguinte reservou resultados ainda melhores, como por exemplo, o hat-trick registrado em Detroit, na 6ª etapa do campeonato. Esta vitória foi ainda mais marcante considerando o 2º lugar obtido por Cristiano da Matta. Somando esta vitória com outros resultados destacados, como o 3º lugar em Vancouver, Daré terminou o campeonato na 6ª posição, competindo pela equipe Tasman.

Em 1999, outra vitória, desta feita no oval de Nazareth - hoje fechado para corridas - na 3ª etapa da temporada. Como outro destaque, têm-se o 2º lugar no oval de Homestead. Ao fim do campeonato, o 10º lugar na classificação geral, pela equipe Forsythe Racing.

Na virada do século, subiu mais um degrau na carreira, ao disputar a IRL pela equipe TeamXtream, quando teve como melhor resultado o 2º lugar obtido em Pikes Peak. Porém, apesar do 16º lugar na classificação final do campeonato, fora eleito o melhor estreante do ano (The Rookie of the Year), numa disputa ferrenha com o norte americano Sam Hornish Jr.

Já em 2001, em que pese os resultados mais discretos, teve maior constância em termos gerais. tanto que terminou a disputa na 10ª posição, novamente competindo pela pequena equipe TeamXtream. Outra vez, a pista de Pikes Peak foi o palco do seu melhor resultado no ano, desta feita um 5º lugar.

O ano de 2002 reservou sua única vitória na categoria, obtida no oval do Kansas, quando já corrida pela equipe de A.J. Foyt. Naquela corrida, após largar da sexta posição, Daré só conseguiu ultrapassar o norte-americano Sam Hornish Jr., então campeão da categoria, quando faltavam 02 voltas para o final da prova. Ao final do campeonato, terminou na 9ª posição na classificação geral, sendo igualmente destaque o 3º lugar obtido no Texas.

Contudo, suas próximas corridas na categoria foram as 500 Milhas de Indianápolis, em 2003 e 2006, nas quais obteve resultados discretos. Em termos de Indy 500, disputou 05 provas, tendo como melhor resultado o 8º lugar na edição de 2001.

Em 2003, fez sua primeira e única participação nas 24 horas de Daytona, formando quarteto com Franz Konrad (ALE), Jean François Yvon (FRA) e Tony Seiler (SUI). No grid, o quarteto partiu da 6ª posição na classe GTS e 12ª na geral, ao passo que terminou a disputa na 16ª posição na geral e 5ª na classe GTS.

De volta ao Brasil em 2004, disputou a temporada completa da Stock Car V8 (12 corridas) pela equipe de Affonso Giaffone Júnior. Seu melhor resultado foi o 11º lugar conquistado em Jacarepaguá (5ª etapa), enquanto registrou a volta mais rápida da 7ª etapa, disputada no autódromo de Curitiba. Ao todo, marcou 14 pontos, terminando na 27ª posição na classificação geral, prejudicado pela escassez de treinos da categoria, o que o fez desistir da carreira de piloto ao final daquele ano.















Fórmula Chevrolet 1996 (esquerda) - Dividindo a freada do fim da reta de Interlagos com Renato Russo

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