quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Protótipo Radical Suzuki


Há um tempo atrás comecei a falar sobre os protótipos que disputaram edições da Mil Milhas Brasileiras, com a intenção de criar uma sequência sobre o assunto. Confesso que deixei a pauta de lado, porém, nunca é tarde para recomeçar.

Hoje a postagem é sobre o Protótipo Radical Suzuki SR3, que disputou provas no Brasil entre 2003 e 2005, inclusive os 500 km de Interlagos em 2003 e as Mil Milhas em 2004. O bólido em questão é fabricado pela construtora inglesa de mesmo nome, fundada em janeiro de 1997 por Phill Abbott e Mike Hyde. Como unidade propulsora, possui o motor 4 cilindros de 1.500 cc da motocicleta Sukuki Hayabusa, cuja potência gira em torno de 252 cavalos, sem turbo. Aliado ao baixo peso (pouco mais de 500 kg), o Radical SR3 é capaz de bater carros bem mais potentes e que pertencem a categorias acima da sua. E para domar a pequena fera, câmbio sequencial de 06 marchas.

A estréia em pistas brasileiras ocorreu na rodada dupla (11ª e 12ª) etapas da temporada de 2003 Campeonato Paulista de Força Livre, como preparação para os 500 km daquele ano. Pilotado por Eduardo Souza Ramos e Guilherme Spinelli, o protótipo venceu ambas as etapas, tendo marcado ainda a melhor volta das duas corridas, sendo a mais rápida delas registrada em 1min44s237.

Esta marca fora logo baixada quando dos treinos classificatórios para os 500 km, pois o trio Eduardo Souza Ramos/Leandro de Almeida/Maurício Neves alcançou a 3ª posição no grid, com o tempo de 1min39s223. Na corrida, a 2ª posição na classificação geral, atrás apenas da incrível Mercedes Benz CLK DTM do saudoso Alcides Diniz, na ocasião pilotada também por Paulo Gomes e seu filho Pedro.

O Radical ainda correria em 2003 os 500 km do Rio de Janeiro, porém, em virtude de problemas no câmbio nos treinos livres, a dupla Maurício Neves e Ingo Hoffmann sequer pôde participar dos treinos classificatórios.

Para a Mil Milhas de 2004, dois exemplares do protótipo inglês foram preparados, sendo um turbo e outro aspirado:

#6 (turbo) - Valmir Benavides/Duda Pamplona/Michael Vergers (HOL)

#5 (aspirado) - Guilherme Spinelli/Maurício Neves/Beto Giorgi/Michael Vergers (HOL)

Enquanto o turbo registrou o 5 º melhor tempo, com 1min38s426, o aspirado partiu da 8ª posição, com 1min41s019. Na corrida, o #6 terminou na 6ª posição com 345 voltas completadas, após ocupar a 2ª posição durante a prova e enfrentar problemas com a caixa de direção. Já o #5, registrou 335 voltas, tendo terminado a prova na 8ª posição. Cabe ressaltar que o piloto Beto Giorgi fora punido com um time-penalty de 1 minuto, por ter ultrapassado o limite de tempo para a assinatura da súmula.

A próxima corrida fora os 500 km de Tarumã, quando o Radical aspirado disputou a prova sob o comando da dupla Leandro de Almeida e Roberto Nogueira. Saindo da 3ª posição, com o tempo de 1min02s871, o protótipo terminou a prova na 2ª posição, atrás novamente de um exemplar do DTM, desta feita, o Audi TT da família Negrão (Xandy, Xandynho e Guto).

Na sequência, veio as 300 Milhas de Interlagos, prova em que o bólido experimentou alguns problemas, tendo alcançado somente a 21ª posição, com Maurício Neves e Guilherme Spinelli.






2 comentários:

  1. O Radical Turbo foi um dos carros mais impressionantes que já vi, passava a 270 km/h na reta e freava nos 50m no S do Senna, era quase um F-1

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  2. Bom dia Cabral! Seja bem vindo ao blog, obrigado pelo seu comentário. Realmente, o Radical tinha uma receita infalível para grandes performances, sobretudo em pistas de alta média horária. Abraços!

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