domingo, 14 de junho de 2020

Ford Maverick em 1986


A partir dos anos 80, o Ford Maverick, produzido no Brasil entre 1973 e 1979, infelizmente caiu numa espécie de limbo, pois sequer era considerado um carro clássico, mas tão somente um concorrente ultrapassado do Opala que havia sido saído de linha. Muita gente não sabia o que fazer com os exemplares que tinha, e não raro, muitos sofreram a ação depreciativa do tempo até se acabarem. E quem diria que 40 anos depois, um Maverick restaurado poderia alcançar o valor de venda na casa de R$ 100.000,00? Sábio foi quem guardou e cuidou do seu...

Apesar de possuir uma categoria em que dominava o grid, a Turismo 5000 (que corria somente no anel externo de Interlagos), o modelo Ford com motor V8 ainda era inscrito esporadicamente em algumas provas de longa duração, como a Mil Milhas Brasileiras. Porém, o hiato da prova nos anos 70  prejudicou bastante a história do Maverick nas Mil Milhas, porquanto disputou em condições de igualdade apenas a prova de 1973 (ano do lançamento do carro), considerando que a próxima edição ocorreu apenas em 1981, quando o Ford já tinha saído de linha.

Já nos anos 80, além das participações da equipe Automotor (inicialmente denominada Agromotor), podemos citar o Maverick nº 50 inscrito pelo trio Roberto Catarina/Homero de Bei/Justino de Maio na prova de 1986, que se não alcançou uma posição destacada na classificação final, com certeza destoou no grid dominado por Opalas, Passat's, Escort's e outros carros como motores até 2000 cc.

Cabe lembrar que o piloto Justino de Maio (cujo nome posteriormente fora dado a uma avenida em Guarulhos/SP) havia vencido a prova no ano de 1965, à bordo de uma Carretera Chevrolet V8 em dupla com Victório Azallin, igualmente inscrita com o nº 50.






2 comentários:

  1. Um dos nossos "Muscle Cars", o Maverick é um dos mais importantes automóveis do nosso automobilismo, e que legal saber que ele tem uma ligação tão importante com as Mil Milhas Brasileiras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tem sim cara, o seu devido lugar na história da prova. Poderia ser ainda maior, mas tudo existe como é possível existir.

      Excluir