sábado, 23 de novembro de 2019

6 Horas do Ceará 2000 - Parte 1


Um autódromo construído no Nordeste no fim dos anos 60? Isso não foi pouca coisa. Sem sombra de dúvidas, o Autódromo Virgílio Távora, localizado na cidade de Eusébio/CE, distante 18 km da Capital, representa um marco do esporte a motor em nossa região. Há pouco mais de 05 (cinco) anos, contei um pouco da história dessa pista aqui no blog, que pode ser conferida no seguinte link.

Em mais de uma ocasião, o autódromo cearense foi palco de disputas entre pilotos de nível nacional, em categorias de renome que resolveram quebrar as barreiras (e a distância) para disputar etapas longe dos grandes centros automobilísticos. Exemplo disso foi a Stock Car, em 1979, a Fórmula 3 Sul-Americana (no início dos anos 2000) e Fórmula Truck. E em 1997, com a reinauguração do circuito (após passar por uma grande reforma que durou 06 meses e ampliou o traçado) foi realizada a primeira edição da prova 6 Horas do Ceará, que teve como vencedores Nelson Piquet e Ruyter Pacheco, que pilotaram um BMW - com motor 4 cilindros e cerca de 300 cv de potência - e terminaram a disputa após 237 voltas completadas. O grid da corrida foi formado por 28 carros, entre Corsas, Fuscas, Protótipos e Voyages, sendo grande parte de pilotos oriundos do Nordeste. No fim, 19 carros receberam a bandeira quadriculada.

E é justamente sobre essa prova que vamos falar hoje, mais especificamente a 3ª edição, disputada no dia 20 de fevereiro de 2000. Uma prova pra lá de especial, que contou com a participação de pilotos de renome, como Nelson Piquet, Antônio Pizzonia (foi sua primeira prova longa), Vitor Meira, Flávio Andrade, Ruyter Pacheco, Felipe Giaffone, entre outros. No grid composto por protótipos e carros de turismo (Fuscas, Opalas, Passats), os destaques foram os protótipos BMW Compact (Hollywood/Firestone), do trio Nelson Piquet/Arialdo Pinho/Antônio Pizzonia, e Holywood, pilotado por Flávio Andrade, Ruyter Pacheco e Felipe Giaffone. Porém, apesar do favoritismo dos dois, a vitória ficou com o trio Vitor Meira/Arialdo Pinho/Igor Barbosa, que recebeu a bandeira quadriculada após o BMW abandonar com problemas de suspensão, quando tinha uma vantagem de 05 (cinco) voltas para o segundo colocado (com Pizzonia no cockpit), e o Holywood terminar na terceira colocação, após enfrentar problemas mecânicos nas voltas finais, quando liderava a prova.

Mas deixando de lado os medalhões, vamos falar dos nossos guerreiros nordestinos que abrilhantaram a disputa, assunto que fica para a próxima postagem!






2 comentários:

  1. Que registro histórico e inédito!! Parabéns pela matéria, que histórias deliciosas!

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    1. Muito obrigado irmão! Essa história tinha que ser contada, para que as novas gerações fortaleçam o automobilismo nordestino.

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