"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bruce Dickinson e a Porsche 911 GT3 Cup


Líder de uma das maiores bandas (e melhores também, sou fã confesso desde os 14 anos, rsrsrsrs) de heavy metal de todos os tempos, o britânico Bruce Dickinson, em maio de 2018, aproveitou a estada na Capital Paulista, em virtude de compromissos ligados a divulgação de sua autobiografia, para participar de um treino com um Porsche 911 GT3 3.8 da categoria disputada em nosso país desde o ano de 2005.

E não era um Porsche comum: Inscrito com o famigerado nº 666 (the number of the beast) e decorado com o logo da banda e a figura do mascote Eddie, Bruce conheceu o traçado de Interlagos como passageiro de Dennis Dirani por 02 voltas e, após o reconhecimento, acelerou por cerca de 30 minutos na pista paulistana. Após descer do carro, se disse encantado com a pista, tendo afirmado que a forte freada do S do Senna e subida da junção - onde chegou a rodar uma vez - eram os pontos mais desafiadores do circuito.


(c) Porsche 911 GT3 Cup



Denner Pires e Bruce Dickinson

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Martín Palermo, Roberto "Pato" Abbondanzieri e a Top Race V6: Quando o automobilismo e o futebol se misturaram


O ex-atacante argentino Martín Parlermo era conhecido como "El Loco", tamanha a sua capacidade de protagonizar lances incríveis dentro de campo. Artilheiro histórico do Boca Juniors, vencedor dos mais importantes campeonatos da América do Sul e chuteira de ouro em outros campeonatos, Palermo ainda teve tempo para gravar o seu nome no livro dos recordes de forma negativa, quando perdeu 03 (três) pênaltis em um mesmo jogo, durante a Copa América de 1999, em partida disputada contra a Seleção Colombiana de Futebol.

Roberto Abbondanzieri, o "Pato", também teve seus maiores momentos de glória no futebol com a camisa do Boca Juniors, ao ganhar todos os títulos possíveis para um time Sul-Americano, sendo, ainda, campeão da Copa Libertadores da América com o Internacional de Porto Alegre-RS em 2010. Com suas brilhantes defesas, foi durante o início dos anos 2000, um dos melhores goleiros das Américas.

Aposentados do futebol quase à mesma época (Palermo se aposentou no Boca em 2011 e Pato em 2010, no Internacional), os ex-atletas resolveram disputar, no ano de 2011, a categoria argentina Top Race Series, uma espécie de grid B da Top Race V6, cuja fórmula de disputa (carrocerias tipo bolha montadas sob chassis tubular) se assemelha com a Stock Car Brasil. Para tanto, lhes fora concedida uma licença provisória pelo Automóvil Club Argentino (ACA), para a etapa disputada no autódromo Oscar y Juan Gálvez, situado na capital Buenos Aires. 

A referida etapa, chamada de corrida do ano e disputada no traçado nº 08, fez parte da programação automobilística que incluiu uma etapa da Fórmula Truck. No grid de 33 carros, Pato e Palermo tiveram atuação discreta, terminando a corrida na 16ª e 19ª posição, respectivamente, ambos correndo a bordo do modelo Chevrolet Vectra. E assim, dois dos grandes ídolos do futebol argentino registraram mais uma façanha em suas vidas, desta vez sobre quatro rodas.



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terça-feira, 9 de outubro de 2018

As (quase) vitórias de Djalma Fogaça nas Mil Milhas Brasileiras


Caros leitores, é muito bom estar de volta a este espaço, depois de um hiato de alguns meses, em razão de impasses pessoais que tive que enfrentar. Porém, felizmente tudo nessa vida está em constante mutação, e só permanece em nosso caminho aquilo que é realmente necessário.

Neste retorno, trago para vocês o registro de participações destacadas do grande Djalma Fogaça nas Milhas, conhecido também como "Caipira Voador", que fez muito sucesso nos monopostos no início dos anos 90, e que em meados de 1997, aportou na antiga Fórmula Truck para fazer história com suas performances destacadas, brigando por vitórias e títulos com grande nomes da categoria.

Essa história começa em 1995, quando Fogaça disputou a prova a bordo de um AS Vectra, protótipo cujo AS do nome homenageia o tricampeão de F1 Ayrton Senna, fazendo com Renato Russo. No grid, a marca de 1min45s031 foi suficiente para a 5ª posição no grid. Contudo, quando estava na  terceira posição, o protótipo apresentou problemas mecânicos, tendo que abandonar a prova.

Na prova de 1996, o prenúncio de uma provável vitória: Pole position, com o tempo de 1min45s859. Em parceria com Fábio Sotto Mayor, vencedor da Mil Milhas de 1985, Fogaça liderou a corrida até ter o AS Vectra apresentar problemas no câmbio.

Em 1998, após a ausência de 1997, nova expectativa de vitória. Formando trio com Otávio Mesquita e Mário Covas Neto, Fogaça largou da 16ª posição do grid, com o tempo alto de 1min51s730. na corrida, um tocada segura permitiu que o trio alcançasse a 3ª posição na geral, com 367 voltas completadas, atrás apenas do AS Vectra vencedor e do Porsche 911 GT2 da equipe Konrad.

Porém, o detalhe mais valioso dessa prova fora o gesto de altruísmo feito pela equipe de Fogaça. O AS Vectra do trio vencedor (formado por Tom Stefani, André Grillo e Júlio Fernandes), já no fim da corrida, sofreu uma quebra em um dos triângulos da suspensão traseira, o que forçaria o abandono do bólido enquanto liderava com folga em relação ao Porsche. Diante disso, a Fogaça e sua equipe cederam a peça sobressalente à equipe Texaco do AS Vectra, possibilitando o prosseguimento na disputa e a consequente vitória. Não poderia ser diferente em se tratando do grande Djalma Fogaça. E como diz Alex Dias Ribeiro, você pode ser um campeão mesmo sem vencer. E nesse dia, ele foi.

1998

Durante a prova de 1996

Nos boxes, durante os treinos para a prova de 1996

1995

Largada de 1995