"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

quinta-feira, 24 de março de 2011

Piquet nas Mil Milhas de Interlagos















Após o grave acidente sofrido nos treinos das 500 Milhas de Indianápolis - um furo no pneu fez com que o carro rodasse e batesse de frente na curva 4 - o tricampeão de F1 Nelson Piquet foi obrigado a abandonar as categorias de monoposto, passando a correr apenas por prazer em provas como 24 Horas de Le Mans, 24 Horas de Spa, além da Mil Milhas de Interlagos.

Piquet fez sua estréia na tradicional prova brasileira em 1994, edição esta que tornou um marco por ter atraído vários pilotos e equipes internacionais. Na ocasião, Piquet dividiu a pilotagem de um BMW M3 GTR com Ingo Hoffmann e o venezuelano Johnny Cecotto. O trio chegou a liderar 10 voltas da disputa, mas um longa parada de 20 minutos - por conta de um problema no diferencial - acabou com as chances de vitória.

No ano seguinte, Piquet retornou à disputa pilotando novamente modelos alemães. Desta vez, foi inscrito em dois carros. No BMW M3 nº 4, dividiu a pilotagem com Steve Soper/Paulo Carcasci. No outro BMW, nº 17, formou trio com Ingo Hoffmann/Marc Duez. O resultado não foi dos melhores: o nº17 abandonou com 54 voltas, enquanto o nº4 abandonou com 91 voltas, por quebra de motor.

Após a ausência em 1996, Piquet retornou em 1997. E de forma absoluta. Correndo em sua casa - A Mil Milhas daquele ano foi realizada no Autódromo de Brasília, por conta de obras em Interlagos - Piquet dividiu a pilotagem de um McLaren F1 BMW com o venezuelano Johnny Cecotto e o inglês Steve Soper. O resultado foi uma supremacia esmagadora do trio, que venceu a prova com uma vantagem de 21 voltas para o segundo colocado - Porsche 911 de André Lara Resende/Régis Schusch/Maurizio Sala - além de terminar a prova no menor tempo até então - 10h05min10s789 - e com a maior média de velocidade - 159,587 km/h.

Após o hiato nas provas de 1998 e 1999, o tricampeão formou trio com seu sobrinho Rodrigo Piquet e Mário Haberfeld em 2001. À bordo do protótipo Esprom BMW, Piquet não chegou sequer a pilotar o carro na prova, pois quebrou com 75 voltas completadas, alcançando apenas a 48ª posição.

Em 2006, a última participação e a última vitória. Correndo em quarteto com o filho Nelson Ângelo, Hélio Castro Neves e o francês Christopher Bouchut, Piquet dividiu a condução do Aston Martin DBR9, fazendo a estréia do carro inglês em terras brasileiras. Pilotou apenas um turno da prova, no fim da tarde, e passou a condução do Aston Martin 13 voltas antes do previsto. Piquet sentiu os efeitos do longo período sem pilotar, mas enquanto esteve na pista, manteve um ritmo seguro e próximo ao dos rivais. E no fim, a vitória veio com 5 voltas de vantagem para o segundo colocado.

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