Hoje falarei um pouco sobre dois talentosos pilotos de turismo do nosso automobilismo. São eles o paranaense Diogo Pachenki e o paulistano Rafael Daniel. Este post, entretanto, ficara restrito aos feitos dos pilotos nas categorias de acesso da Stock Car Brasil e também na principal.
Diogo Pachenki estreou na Stock Light (na época ainda utilizando o Chevrolet Omega) em 2002, pela equipe paranaense PowerTech ( que o acompanhou até 2009 na Stock), obtendo o 6º lugar na classificação final do campeonato após marcar 48 pontos. Os melhores resultados foram 3 terceiros lugares. No ano seguinte, vieram 2 vitórias, em Curitiba e Interlagos (inclusive marcou a melhor volta da corrida), e o terceiro lugar no campeonato.
Em 2004, o melhor ano da carreira. Após 8 vitórias em 9 etapas disputadas, Pachenki conquistou o título do brasileiro de Stock Light, e ainda, faturou o troféu Capacete de Ouro (promovido pela revista Racing), na categoria turismo.
O título de 2004 fez com que o piloto e a equipe PowerTech fossem promovidos à categoria principal. Nos anos de 2005, 2006 e 2007, Pachenki disputou o campeonato principal, numa época em que o monopólio de títulos das equipes de Andreas Mattheis e de Rosinei Campos estava começando. Mas ainda assim, a categoria era muito mais competitiva, com vários pilotos no mesmo décimo de segundo nos tempos classificatórios. O desempenho do piloto foi abaixo do esperado, com fracas campanhas. Talvez a pouca experiência da equipe, que apesar de ter vasta experiência na Light, também fazia sua estreia na categoria principal, também tenha influenciado a falta de resultados melhores. Os resultados na V8 foram os seguintes:
2005: 5 pontos, tendo melhores resultados dois 14º lugar
2006: 11 pontos, tendo como melhores resultados dois 11º lugar
2007: 2 pontos, e o melhor resultado foi um 14º lugar
Ainda em 2007, Pachenki venceu uma etapa em Interlagos da Stock Light.
Desde então, Pachenki não voltou a correr na categoria principal da Stock, concentrando-se na então chamada Copa Vicar e posteriormente na Copa Montana.
Em 2008 foi 3º lugar no campeonato, com 98 pontos marcados, correndo em sua própria equipe com um Mitsubishi Lancer (até então só tinha corrido com o Chevrolet Astra), chefiada pro seu pai, Jairo Pachenki.
No último ano de Copa Vicar, Pachenki venceu a 1ª etapa do campeonato de 2009, prova esta disputada em Interlagos.
No ano seguinte, estreava a Copa Montana, que absorveu duas categorias (Stock Light e Pick-Racing) de base e que teve na temporada inicial o mais alto nível de competição verificado em sua curta história. Pela equipe Nascar Motorsport, Pachenki foi campeão após vencer duas vezes no campeonato.
Em 2011, foi 3º no campeonato, ainda que tenha vencido 3 vezes, sendo 2 vezes no Velopark e uma em Londrina, onde também marcou a pole position.
No ano passado, último da categoria, Pachenki só disputou 2 corridas (Rio de Janeiro e Cascavel, onde conquistou a pole position), abandonando as duas. Ainda em 2012, fez testes na pista de Cascavel com um caminhão da Fórmula Truck, onde compete atualmente.
Com 17 vitórias (contando com a Stock Light, Copa Vicar e Montana), Diogo Pachenki é um dos maiores vencedores das categorias de base da Stock Car Brasil, mas que infelizmente não conseguiu repetir esse brilho na categoria principal. Sem o mínimo questionamento, ele é um grande talento dos carros de turismo, mas como esse esporte tão fascinante que é o automobilismo muitas vezes se mostra ingrato na mesma proporção, muitos talentos se perdem em meio às dificuldades das pistas.
O paulistano Rafael Daniel, filho de pai argentino, estreou em 2005 na Stock Light pela equipe W2 Racing. No seu ano de estreia, foi o 4º colocado no campeonato com 97 pontos marcados. Obteve como melhores resultados um 2º lugar em Santa Cruz do Sul e duas vezes 3º lugar, obtidos em Interlagos e no Rio de Janeiro. Ainda, registrou a pole position na etapa de Brasília.
Em 2006 o 4º lugar no campeonato foi repetido, tendo como melhores resultados daquela temporada as duas 2º colocação que obteve em Interlagos e Curitiba. Em ambas as etapas ainda registrou a volta mais rápida.
No ano de 2007 a campanha foi um pouco mais fraca, tendo como resultado o 5º lugar no campeonato com 46 pontos marcados. Neste ano, fez sua estreia na categoria principal da Stock, disputando uma das etapas de Curitiba (a 7ª do calendário). Entre os cerca de 40 carros que disputaram o treino, Rafael Daniel marcou o 16º tempo, mas infelizmente veio a abandonar a prova.
Na agora chamada Copa Vicar, Daniel foi vice campeão da temporada de 2008. Competindo com um Peugeot 307 da equipe DCM Motorsport, ele conquistou duas vitórias (Curitiba e Brasília, na qual largou na pole), a campanha rendeu a marca de 106 pontos.
E em 2009, enfim veio o 1º título. Correndo pela Full Time, Rafael Daniel venceu uma única vez, em Brasília, mas sua regularidade, que incluiu dois 2º lugares (em Interlagos e em Campo Grande), fez com que o piloto conquistasse o título no último ano da Copa Vicar.
Em 2010, com o surgimento da Copa Montana, o piloto passou a correr pela tradicional Scuderia 111, onde não venceu no ano de estreia, mas conquistou a pole na etapa de Curitiba (e a volta mais rápida) e por 3 vezes chegou no 2º lugar, terminando o campeonato na 3ª posição.
2011, um ano arrebatador. Correndo pela Gramacho, Rafael Daniel fez uma temporada maiúscula, que culminou com o título da Montana. Os números daquele campeonato foram os seguintes:
Vitórias: 04 (Brasília, Santa Cruz do Sul, Campo Grande e Interlagos)
Pole Positions: 04 (Duas vezes no Velopark, Santa Cruz do Sul, e Interlagos)
Melhores voltas: 03 (Interlagos, Londrina e Brasília)
Pontos: 137,5 (A corrida inicial, a qual ele venceu, teve a pontuação reduzida pela metade, por conta da interrupção em virtude das condições de pista, que causaram o acidente fatal com o piloto Gustavo Sondermann)
A temporada passada trouxe uma nova oportunidade na categoria principal para o piloto. Após acertar com a RC3/Bassani para correr em um dos seus carros, Daniel disputou a 5ª e a 6ª etapa do campeonato, disputada, respectivamente, em Londrina e no Rio de Janeiro. Porém, em ambas ele não conseguiu terminar a prova.
Mas a temporada de 2012 teve desfecho feliz para ele. Vencendo apenas 1 corrida, Rafael Daniel se sagrou bicampeão da Copa Montana pela equipe Nascar Motorsport, aproveitando-se de punições e abandonos dos principais concorrentes ao título. Tanto que venceu o campeonato com a diferença de 2 pontos para o vice, Rodrigo Pimenta (142 a 140). Neste ano, marcou apenas uma pole position (Interlagos) e uma volta mais rápida (Curitiba), além de 3 pódios.
Após o balanço da carreira desses dois pilotos, é de se lamentar que ambos não tiveram sucesso na Stock Car principal. Sabemos da competitividade no grid da categoria, mas após assistir uma corrida, dá para eleger pelo menos 5 pilotos que facilmente perderiam seus lugares para esses dois campeões. Mas, infelizmente o automobilismo não vive só de talento, pois a questão do patrocínio é de fundamental importância. E essa é a causa para que muitos talentos sejam desperdiçados.
Em 2006 o 4º lugar no campeonato foi repetido, tendo como melhores resultados daquela temporada as duas 2º colocação que obteve em Interlagos e Curitiba. Em ambas as etapas ainda registrou a volta mais rápida.
No ano de 2007 a campanha foi um pouco mais fraca, tendo como resultado o 5º lugar no campeonato com 46 pontos marcados. Neste ano, fez sua estreia na categoria principal da Stock, disputando uma das etapas de Curitiba (a 7ª do calendário). Entre os cerca de 40 carros que disputaram o treino, Rafael Daniel marcou o 16º tempo, mas infelizmente veio a abandonar a prova.
Na agora chamada Copa Vicar, Daniel foi vice campeão da temporada de 2008. Competindo com um Peugeot 307 da equipe DCM Motorsport, ele conquistou duas vitórias (Curitiba e Brasília, na qual largou na pole), a campanha rendeu a marca de 106 pontos.
E em 2009, enfim veio o 1º título. Correndo pela Full Time, Rafael Daniel venceu uma única vez, em Brasília, mas sua regularidade, que incluiu dois 2º lugares (em Interlagos e em Campo Grande), fez com que o piloto conquistasse o título no último ano da Copa Vicar.
Em 2010, com o surgimento da Copa Montana, o piloto passou a correr pela tradicional Scuderia 111, onde não venceu no ano de estreia, mas conquistou a pole na etapa de Curitiba (e a volta mais rápida) e por 3 vezes chegou no 2º lugar, terminando o campeonato na 3ª posição.
2011, um ano arrebatador. Correndo pela Gramacho, Rafael Daniel fez uma temporada maiúscula, que culminou com o título da Montana. Os números daquele campeonato foram os seguintes:
Vitórias: 04 (Brasília, Santa Cruz do Sul, Campo Grande e Interlagos)
Pole Positions: 04 (Duas vezes no Velopark, Santa Cruz do Sul, e Interlagos)
Melhores voltas: 03 (Interlagos, Londrina e Brasília)
Pontos: 137,5 (A corrida inicial, a qual ele venceu, teve a pontuação reduzida pela metade, por conta da interrupção em virtude das condições de pista, que causaram o acidente fatal com o piloto Gustavo Sondermann)
A temporada passada trouxe uma nova oportunidade na categoria principal para o piloto. Após acertar com a RC3/Bassani para correr em um dos seus carros, Daniel disputou a 5ª e a 6ª etapa do campeonato, disputada, respectivamente, em Londrina e no Rio de Janeiro. Porém, em ambas ele não conseguiu terminar a prova.
Mas a temporada de 2012 teve desfecho feliz para ele. Vencendo apenas 1 corrida, Rafael Daniel se sagrou bicampeão da Copa Montana pela equipe Nascar Motorsport, aproveitando-se de punições e abandonos dos principais concorrentes ao título. Tanto que venceu o campeonato com a diferença de 2 pontos para o vice, Rodrigo Pimenta (142 a 140). Neste ano, marcou apenas uma pole position (Interlagos) e uma volta mais rápida (Curitiba), além de 3 pódios.
Após o balanço da carreira desses dois pilotos, é de se lamentar que ambos não tiveram sucesso na Stock Car principal. Sabemos da competitividade no grid da categoria, mas após assistir uma corrida, dá para eleger pelo menos 5 pilotos que facilmente perderiam seus lugares para esses dois campeões. Mas, infelizmente o automobilismo não vive só de talento, pois a questão do patrocínio é de fundamental importância. E essa é a causa para que muitos talentos sejam desperdiçados.