"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

domingo, 16 de abril de 2023

José Carlos "Zeca Salsicha" Dias (1951 - 2023)

Infelizmente, mais uma vez o tema de nossa postagem é sobre o desencarne de um piloto campeão das Mil Milhas Brasileiras, embora o façamos com o intuito de registrar a importância destes pilotos na história do automobilismo. Falamos então do paulistano José Carlos Dias, mais conhecido pelo apelido de "Zeca Salsicha", em razão de suas atividades empresariais ligadas ao ramo de comercialização de frios.

Zeca faleceu na segunda-feira da semana passada, dia de 10 de abril, de causas que não foram divulgadas, aos 72 anos de idade. Sua carreira de piloto começou em 1965 no kart, tendo passado também pela Hot Car paulista, na qual se sagrou campeão. Na Stock Car, disputou 47 corridas entre 1982 e 1991 (com participações irregulares nas 03 últimas temporadas). Seu resultado mais expressivo fora o 3º lugar conquistado em uma das etapas disputadas em Interlagos, no ano de 1984, enquanto a melhor classificação ao final do campeonato foi registrada em 1986, ao terminar na 7ª posição (carro preparado pelo Giba).

Em se tratando de Mil Milhas, venceu a prova em 1990 (ano em que pela primeira vez uma edição da prova era disputada no traçado atual), em dupla com Carlos Alves no Opala Hot Car nº 42. A bandeirada foi recebida com 03 voltas de vantagem para o Opala nº 62, da dupla Chico Serra e Luiz Alberto Pereira, favoritos à vitória, após 12hrs50min23s8 de corrida.

Outras participações destacadas na prova foram o 6º lugar com Camilo Christófaro Jr. e Cláudio Dudus, em 1981 e o 7º lugar em 1983, com Walmir Benavides e Neimer Helau (falecido em março de 2021), ambas a bordo de um Chevrolet Opala Stock Car.

Que Deus o receba em sua casa e conforte a sua família.


Stock Car, 1987, Tarumã/RS - Foto retirada do http://blogdosanco.blogspot.com/2012/03/desafio-da-semana_25.html

terça-feira, 4 de abril de 2023

Uma singela homenagem aos pilotos alagoanos

Vivi meus primeiros 10 anos de vida em uma pequena casa localizada no bairro da Jatiúca, aqui em Maceió, capital alagoana. E esse tempo permanece muito vivo em minha memória, em parte devido à importância que é peculiar à infância na formação da personalidade do ser humano.

Uma dessas memórias é de passar na esquina de uma pequena oficina situada no mesmo bairro, e ver dois ou três Fiat Uno de corrida parados na porta, para fins de manutenção. Sinceramente eu não entendia muito a respeito, pois do alto dos meus 7 ou 8 anos de idade, a única expressão do automobilismo que eu conhecia eram as Fórmulas 1 e Indy, pois internet era algo inacessível, e assim, só restava a televisão para ter esse contato com o esporte a motor.

Digo, ainda, que apenas em 1998 ou 1999 vim saber que existia corrida de caminhão (através da transmissão ao vivo pelo Esporte Espetacular de uma etapa da Fórmula Truck), enquanto a Stock Car surgiu na minha vida no ano 2000, com aquela rodada dupla disputada debaixo de chuva em Jacarepaguá. Na ocasião, Ingo Hoffmann venceu a primeira bateria e foi segundo na outra, após largada com o grid invertido. Essa história, inclusive, já contei aqui no blog há alguns anos atrás (confiram no menu ao lado, no tópico stock).

O tempo passou e, obviamente, após algumas pesquisas, descobri que aqueles Unos corriam na categoria Copa Uno, que inicialmente fora disputada nacionalmente, passando a contar também com campeonatos regionais logo após. Um desses campeonatos foi o pernambucano, disputado no autódromo de Caruaru na segunda metade dos anos 90, que atraiu pilotos de vários estados da região, inclusive do Estado de Alagoas.

E é desses guerreiros que driblaram as dificuldades para colocar os carros na pista que quero lembrar na data de hoje, trazendo para vocês registros fotográficos fornecidos pelo meu amigo e piloto Rômulo Amorim, que me deu a oportunidade de ter contato esse material muito rico produzido pelo seu cunhado Antônio Preggo.

Destaco, ainda, os patrocínios das empresas alagoanas, que apoiavam a iniciativa desses guerreiros e ajudavam nos inúmeros custos da prática do esporte:

- Maceió Fest, carnaval fora de época que acontecia no início do mês de dezembro, entre os anos de 1993 e 2005.

Flytour, agência de viagens da capital alagoana (não existe mais).

- Concessionária de caminhões Novepe (não existe mais).

- Pemagri: Concessionária e retífica de tratores e máquinas agrícolas que atua até hoje no mercado.

- Cycosa: Concessionária Ford que chegou a ser uma das maiores do Brasil, cujo encerramento das atividades ocorreu concomitantemente ao fim das operações industriais da Ford em nosso país.

- Profertil: Indústria local de adubos e fertilizantes em atividade há quase 60 anos.

- Retífica Oliveira: Manteve-se em funcionamento até o início dos anos 2000.

Ferraro Turbo: Oficina pioneira em instalação de kit turbo e injeção eletrônica em Maceió, que funcionou até pelo menos 12 anos atrás.

- Café Coringa: Marca pertencente ao Grupo Coringa, atuante em vários ramos do seguimento alimentício, em atividade até hoje.

- Lojas Guido: Comércio de móveis, eletromésticos e eletrônicos atuante até hoje.

- Zampieri Imóveis: Imobiliária e corretora em atividade.



Edgard Vieira - Foto de José Gonçalves

Artur Coutinho


Fabian Guimarães (Uno) e Luiz Paulo Leão (Corsa) com pilotos pernambucanos da Speed 1600

Luiz Paulo Leão

Luiz Paulo Leão - 

Luiz Paulo Leão no autódromo de Fortaleza, em um Aldee Spyder

Luiz Paulo Leão

Luiz Paulo Leão

Fiat Strada Safety Car

Fiat Fiorino da Ferraro Turbo

O piloto Edgard Vieira

Edgard Vieira e seu Uno com rodas Binno B-880 (chamada por alguns de pé de galinha) e grade dianteira do Fiat Tipo





Piloto Roberto Marinho

Piloto Marcelo Maia


Piloto Márcio Souza Leão

Piloto Rômulo Amorim

Piloto Fabian Guimarães




Piloto Marco Mozart



Fabian Guimarães puxando a fila