"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

VW Fusca Hot Car - 1988

Essa foto daria um quadro. Um antigo VW Divisão 3 (que passou a se chamar Hot Car no início dos anos 80) se encaminhando para os boxes, com suas rodas largas deslocadas para fora (o que dava maior estabilidade ao carro), paralamas cortados para caber os pneus sem raspar em nada, e a tampa traseira com abertura para refrigerar melhor o valente propulsor.

Sobre o cenário, o antigo traçado de Interlagos (antes da reforma de 1989) com as grades verdes que separavam os boxes e o antigo estacionamento, os tradicionais eucaliptos do lado direito da reta dos boxes (substituídos por arquibancadas), além dos expectadores na "laje" dos boxes, numa época em que não existia o luxuoso paddock. 

O registro foi feito durante os treinos para 18ª edição das Mil Milhas Brasileiras, disputada em 23 de janeiro de 1988. Na ocasião, o VW, inscrito sob o nº 66, foi pilotado pelo trio Álvaro Mattos/Arnaldo Mattos/Ricardo Flaquer.



terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Protótipo Tango BMW - 1999

Repetindo a experiência de 1997 (quando a prova foi disputada em Brasília - DF), as Mil Milhas Brasileiras teve sua 28ª edição realizada longe de Interlagos. E a praça esportiva escolhida fora o saudoso Autódromo Internacional de Curitiba, que terminou por sucumbir para a especulação imobiliária, levando junto a sua rica história.

Os detalhes dessa prova já foram contados aqui no nosso espaço (confiram no menu do lado direito da página), mas hoje trazemos um registro especial de um dos favoritos daquela edição. Trata-se do Protótipo Tango BMW preparado pela Equipe Hollywood, que teve como pilotos Flávio de Andrade, Ruyter Pacheco e o jovem Felipe Giaffone. Na disputa, o bólido terminou no terceiro lugar na geral, com 419 voltas (das 433 totais) completadas.



terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A equipe feminina das Mil Milhas Brasileiras de 2021

Falar sobre os feitos femininos na história nacional e mundial do esporte a motor, é coisa para um livro com vários volumes. Grandes mulheres, sobretudo em épocas nas quais o machismo e o preconceito sem fundamento tomavam conta do automobilismo, nos mostraram que não há a mínima razão para impor qualquer distinção entre sexos, quando o assunto é gasolina e motor.

Se fôssemos falar em nomes, só no Brasil, poderíamos começar com Lulla Gancia, Graziela Fernandes, Suzane Carvalho, Bia Figueiredo e tantas outras personalidades. E a história das Mil Milhas Brasileiras não fugiu a esse traçado, pois já registrou a participação de mulheres dividindo o carro com outros homens (podemos citar Graziela Fernandes em 1970 e 1983, Regina Calderoni em 1989, Letícia Zanetti em 2002 e Alessandra Menini em 2023 e 2024, por exemplo), em dupla (Suzane Carvalho e Delfina Friers, em 1997) e mesmo em trio (Suzane Carvalho, Marisa Paganopulo e Delfina Friers, em 1996).

E após a retomada da prova, ocorrida em 2020, a edição disputada no ano seguinte ficou marcada também pela participação de um trio feminino, a bordo de carro tradicional em provas de turismo e endurance. Naquele ano, Luciane Klai, Fernanda Aniceto e Renata Camargo dividiram a condução do VW Voyage 1.6 da equipe MI Motors, que seria, na verdade um quarteto, pois Thaline Chicoski também estava inscrita, mas não conseguiu correr por motivos pessoais.

Inscrito na categoria TN1, destinada a carros de turismo nacional com motorização até 1.6 litros, o VW nº 3 largou da 21ª posição, com o tempo de 2min12s213. Ao final da corrida, veio a 13ª colocação na geral e a 2ª posição na categoria TN1, com 225 voltas completadas, depois de parar por um tempo nos boxes por problemas com a junta homocinética.

Ainda que algumas pessoas falem que só tinha mais dois carros inscritos na categoria, isto não diminui em nada o feito obtido pelo trio Klai/Aniceto/Camargo, pois a vitória com veio com 2 voltas de vantagem para o forte VW Passat nº 98 de Nenê Finotti/Fábio Coelho/Marcelo Fortes.






quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Equipe Big Power Mil Milhas 2025

Repostando a informação dada em primeira mão pelo Canal Entusiastas Sobre Rodas, trazemos para vocês uma foto de "bastidor" do Chevrolet Vectra Stock Car que será utilizado pela tradicional equipe Big Power, nas Mil Milhas de 2025.

O bólido está em fase montagem e, em seguida,  passará pela pintura e adesivação. Como usina de força, só podemos adiantar que se trata de um veoitão, sem maiores detalhes técnicos.

E faltando pouco mais de 2 meses para a prova, a nossa expectativa já é grande para vermos essa joia na pista de Interlagos.




Link do vídeo: https://youtu.be/ZZrhi0gsMXA?si=v7xflmYdwIFBWSpv

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Tony Kanaan nas Mil Milhas de 1994

Se tem uma prova que possui a tradição de contar, em todas as edições, com pilotos de renome internacional (ainda que a fama tenha sido conquistada posteriormente à participação na prova de longa duração), essa prova é as Mil Milhas Brasileiras.

São pilotos de Fórmula 1, Fórmula Indy, Endurance Series, Gran Turismo, entre outras categorias, que nesses quase 70 anos de prova dividiram as curvas e retas de Interlagos de dia, de noite, na chuva ou na neblina.

E dentro desse tema, trazemos hoje o registro da 1a participação do piloto baiano de nascimento Tony Kanaan, vencedor da Indy Lights em 1997, da IRL em 2004 e das 500 Milhas de Indianápolis em 2013.

Em 1994, com 19 anos de idade, Kanaan disputou as Mil Milhas Brasileiras a bordo do Chevrolet Opala Stock Car n. 44, formando trio com os experientes Renée Vanucci e Ênio di Bonito. Na prova, terminaram na 14a posição, com 314 voltas completadas.






Ps: Esta postagem contou com a essencial contribuição do nosso irmão Rodrigo Carelli, do //blogdocarelli.blogspot.com e Canal Entusiastas Sobre Rodas no Youtube. Gratidão. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Os primeiros pai e filho juntos na Stock Car

Como acontece em vários outros esportes, o automobilismo muitas vezes gera uma influência tão grande, que o gosto pelas corridas acaba sendo transmitido de pai para filho(a) e até mesmo para os netos(as). Não é raro vermos casos de famílias que são ligadas ao esporte por diferentes gerações, seja essa ligação partindo de dentro das pistas (pais pilotos) ou partindo do outro lado da mureta dos boxes (preparadores e donos de equipe).

Na verdade, daria para fazermos um alfabeto inteiro só de sobrenomes com tradição no esporte a motor, partindo dos Bragantini, Christófaro, Fittipaldi, Giaffone, Losacco, entre tantos outros.

E nesse sentido, sabemos que a primeira dupla de pai e filho a vencer na Stock Car Brasil foi o tetracampeão Paulo Gomes e seu filho mais velho, Pedro, que conquistou sua única vitória na categoria na 7ª etapa da temporada de 2004, disputada no anel externo do saudoso Autódromo Internacional de Curitiba. Na ocasião, Pedro pilotava o Chevrolet Astra nº 43 da Equipe Giaffone Motorsport, e a emoção foi ainda maior em razão de o próprio Paulão também estar na pista naquele final de semana (terminou a prova na 16ª colocação).

Paulão também detém a marca de primeira dupla de pai e filho campeões da categoria principal, obtida ao final da temporada de 2015, desta feita com seu filho mais novo, Marcos. O título foi conquistado com o Peugeot 408 da Voxx Racing, após 03 vitórias, 04 segundos lugares e 1 terceiro, além de 05 poles.

E antes disso, a família já tinha seu nome gravado na história, pois no ano de 2001, Pedro foi campeão da Stock Car Light.

Mas olhando os registros da categoria, vem a pergunta: Quem foram os primeiros pai e filho a correrem juntos na Stock Car Brasil?

A resposta encontramos na 1ª temporada da história da categoria, mais precisamente na 4ª etapa, disputada em 27 de maio daquele ano, no igualmente saudoso Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá (RJ). Na ocasião, José Luiz Nogueira, o nosso querido Graham Hill Brasileiro, a quem eu e meu irmão Rodrigo Carelli (//blogdocarelli.blogspot.com e Canal Entusiastas Sobre Rodas no Youtube) tivemos a honra de conhecer pessoalmente em novembro de 2021 (confiram as matérias sobre o piloto no menu à direita), dividiu o box da Graham Hill Competições com um dos seus filhos, Luiz Donizetti Nogueira.

Naquela temporada, Donizetti ainda disputou as etapas de Goiânia (5ª) e de Fortaleza (7ª), onde alcançou seu melhor resultado na categoria, o 8º lugar. Suas últimas corridas na categoria foram na temporada de 1984, em que disputou 05 provas nos autódromos de Interlagos e de Brasília, sendo que em todas elas, seu pai também estava na pista.

Nos anos de 1995 e 1996, Luiz Donizetti disputou 12 corridas na Fórmula 3 Sul-americana (categoria B) pela equipe Endroid Racing. O melhor resultado fora o 10º lugar conquistado Cascavel (1995), sendo 4º lugar na categoria B. Atualmente, mora em Miami, Flórida (EUA).

Deixo meu agradecimento especial a dois dos filhos do querido José Luiz Nogueira, Peterson Nakamura e Lucimara Nogueira, que confirmaram os registros que deram origem à esta matéria.







segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Live sobre a equipe mineira do Omega n. 31 nas Mil Milhas Brasileiras de 1998

Queridos leitores, um bom fim de noite para vocês. Agora há pouco tivemos o prazer de participar de uma live no canal Entusiatas sobre Rodas no YouTube, sobre a participação da dupla Paulo de Oliveira Neto e Isaac Scoralick nas Mil Milhas Brasileiras de 1998, disputada no atípico mês de dezembro naquele ano.

Sem maiores delongas, deixo o link dessa conversa incrível para vocês a seguir. Um grande abraço!


https://www.youtube.com/live/YzqTsu4cXHY?feature=shared