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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O recorde "relativo" de Kimi Räkkönen de corridas na pontuação


Hoje um assunto do qual ninguém fala muito hoje em dia me veio à mente. Trata-se do "recorde" de 27 corridas consecutivas em que o Finlandês Kimi Räikkönen terminou na zona de pontuação, marca esta obtida entre o GP do Bahrain de 2012 e o GP da Hungria deste ano. Caía então mais um recorde do Alemão Michael Schumacher, que até então havia obtido a marca de 24 corridas entre o GP da Hungria de 2001 e o GP da Malásia de 2003.

Pois bem, nada contra o feito de Kimi, ainda mais que sou torcedor dele também. Mas a questão é que a mídia, principalmente a detentora dos direitos televisivos da F1 no Brasil, propaga esse feito como algo absoluto, como se a intenção fosse "mostrar que mais um recorde do alemão que massacrou o Rubinho na Ferrari foi superado". Sim, de fato a quantidade de corridas na pontuação obtidas por Kimi é maior que a obtida por Schumacher (27 a 24). Mas é de fundamental importância lembrar que quando Schumacher obteve esse recorde, a pontuação ia somente até o 6º colocado. Isso vigorou até 2002, pois de 2003 a 2009, a pontuação foi estendida até o 8º colocado. No caso de Kimi, a sequencia na pontuação foi obtida entre 2012 e 2013, quando a pontuação já era estendida ao 10º colocado. Portanto, é óbvio que a chance dele terminar nos pontos era bem maior que a de Schumacher, no que pese o fato dele estar pilotando uma Ferrari, o carro campeão da época.

É de se levar em conta que, caso fosse adotado critério de pontuação da mesma época (quero deixar claro que não estou falando da quantidade de pontos e sim das posições valoradas com pontos), a sequencia do finlandês teria sido quebrada já na 3ª corrida, em função do 9º lugar obtido no GP de Mônaco de 2012.

Mas no meio da temporada, ele ainda teve outra sequencia que se encaixaria no critério antigo. Por 13 corridas, mais especificamente do GP do Canadá ao GP dos Estados Unidos de 2012, Kimi terminou sempre entre os 8 primeiros. Por isso, é necessário analisar "certos recordes" antes de valorá-los, sem contundo cair no vazio de comparar certos aspectos de épocas diferentes, como por exemplo, o total de pontos obtidos na carreira.

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