"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

sábado, 21 de junho de 2014

Série: Nomes que fizeram/fazem a Stock Car Brasil - Parte I: Alencar Júnior e Hoover Orsi


Inicio hoje uma série sobre pilotos que de alguma forma registraram seus nomes na história da maior categoria do automobilismo brasileiro, a Stock Car. O critério para escolha dos pilotos não é simplesmente o número de títulos, vitórias ou pole positions, mas também a longevidade na categoria, algo difícil de manter com o passar dos tempos, por conta do aumento constante do valor de investimento para disputar uma temporada. Alguns desses nomes são velhos conhecidos, mas que não têm tanta notoriedade da mídia em geral por não terem conquistado muitas vitórias ou títulos, ou não serem os queridinhos das emissoras de TV, sites e revistas, mas que com suas participações contribuem para a existência da categoria. Inicio com dois nomes: Alencar Júnior e Hoover Orsi.

Olímpio Alencar Júnior (Goiânia, 19 de Abril de 1954), ou simplesmente Alencar Júnior, estreou na Stock Car na ocasião da 1ª corrida da categoria, em 22 de Abril de 1979, no autódromo de Tarumã, RS. De início com um esquema de boxe bem limitado, Alencar foi fazendo ótimas participações na Stock Car, se tornando um dos vencedores e por fim escrevendo seu nome na história com os vice campeonatos de 1979 e 1980 e o título de 1982.

Fez sua última participação na categoria em 1987, na etapa de Tarumã, quando sofreu um grave acidente na curva do laço, por conta do acelerador travado. Ficou alguns meses de cadeira de rodas, e posteriormente andando de muletas. Ainda tentou se classificar para uma prova da Stock em 1988, mas as condições físicas não permitiram a participação. Após a carreira na Stock, correu também de Fórmula 3 Sul-Americana e Trofeo Maserati, onde foi vice-campeão da temporada de 2006. Alencar deixou as pistas definitivamente no final de 2007.

Dados gerais da carreira na Stock:

Títulos: 1982
Vices: 1979 e 1980
Vitórias: 14 (3 em 1979 e 4 em 1982. A última foi na penúltima corrida na categoria, em Brasília, 1987)
Pódios: 26 (segundos e terceiros lugares)
Poles: 20
Voltas mais rápidas: 8
Corridas disputadas: 87
Temporadas: 1979 - 1987 (não correu as duas últimas corridas de 1987)

Alencar em 1979, correndo com um Opala emplacado!

1982, o ano do título

Em 1985


Hoover Orsi Pereira Martins (Campo Grande, 16 de Maio de 1978): Hoover, campeão da Fórmula 3 Sul-Americana em 1999 e da Fórmula Atlantic (EUA) em 2001, estreou na Stock em 2004, competindo pela equipe Avallone Motorsport. Em 2005 iniciou a parceria com a equipe de Amir Nasr, que durou até o fim de sua carreira na Stock, em 2009. Nos últimos dois anos em que fez uma temporada completa (2007 e 2008), a equipe passou a se chamar Red Bull Racing, por conta do patrocínio da fabricante de energéticos austríaca (que em 2009 migrou para a equipe de Andreas Mattheis, onde permanece até hoje).

Durante os anos em que permaneceu na categoria, sempre foi um piloto rápido e arrojado, disputando frequentemente as primeiras posições. Chegou a ser 3º lugar no campeonato por duas vezes, em 2005 e 2006. Em 2009, fez uma única participação na temporada, mais precisamente na corrida de Campo Grande, sua terra natal, correndo mais uma vez na equipe de Amir Nasr.

Dados gerais da carreira na Stock:

Vitórias: 4 (Interlagos-1 2005, Londrina 2005, Interlagos-2 2005 e Brasília 2007)
Pódios: 6
Poles: 3
Voltas mais rápidas:1
Temporadas: 2004 - 2008 e 1 corrida em 2009
Total de corridas: 61

No ano da estréia, em Interlagos

2005, o melhor ano na categoria

Correndo com a bolha do VW Bora

A última vitória, em Brasília, 2007. Com uma arriscada ultrapassagem sobre Ingo Hoffman na reta oposta do anel externo

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Saleen S7-R em 2005 e 2006


O super esportivo Saleen S7, lançado em 2000, foi um dos carros mais rápidos de sua época e continua sendo até hoje. "O poder de fogo" era potencializado pela eficiente aerodinâmica, com o baixo coeficiente de 0,30, além do enorme V8 7.0 litros de 600 cv de potência e 75,5 kgfm de torque (montado no centro do chassis), capaz de fazê-lo ultrapassar facilmente os 300 km/h.

Na edição de 2005 da Mil Milhas, um S7-R aterrissou em Interlagos para fazer sua 1ª participação em provas nos país, após disputar várias provas do FIA GT. A pilotagem ficou por conta do trio Antônio Hermann/Franz Konrad/Uwe Alzen, que largaram na 3ª posição, após registrar o tempo de 1min33s401 nos treinos. A corrida durou 270 voltas para o superesportivo, que abandonou a prova já pela manhã, por conta de uma quebra de válvula do motor. No momento da quebra, ocupava de forma consolidada a 3ª colocação na prova, e já tinha marcado a melhor passagem, com 1min34s592, na 256ª volta. Terminou na 22ª posição.

Em 2006, quando a prova comemorava 50 anos de história, dois exemplares do Saleen S7-R vieram para a disputa. O nº 4 foi pilotado por Robert Lechener/Tom Wickert/ Franz Konrad, enquanto que o nº 5 foi pilotado pelo trio Antônio Hermann/Didier Theys/Jean-Marc Gounon. No grid, o nº 4 de Konrad fez a 8ª marca, com 1min34s617, enquanto que o nº 5 foi o 6º, com 1min33s950.

Na corrida, o Saleen de Hermann e companhia fizeram uma corrida discreta, sem ocupar a ponta em nenhum momento. Terminou na 3ª posição, com o abandono do Corvette de Paulo Gomes e do Protótipo ZF. Já o Saleen de Konrad teve problemas maiores e não chegou a completar a prova, ficando na 6ª posição com 26 voltas de atraso.

Ficha Técnica:

Motor: V8, 7.0 litros, 2 válvulas pro cilindro
Potência: 600 cv e 75,5 kgfm de torque
Alimentação: Injeção eletrônica multiponto
Transmissão: Câmbio sequencial de 6 marchas, tração traseira
Rodas e Pneus: Aro 18
Chassi tubular de aço
Carroceria de alumínio e fibra de carbono


Antônio Hermann nos boxes em 2005

Em 2006

Konrad em 2006



domingo, 1 de junho de 2014

Miniatura Chevrolet Veraneio escala 1:43


Foi com satisfação que descobri, no fim de ano 2012, que o Jornal Extra estava lançando uma nova coleção de miniaturas dos carros nacionais, na escala 1:43. Digo satisfação porque um pouco antes havia sido lançada uma coleção similar, pela Planeta De Agostini, com alguns modelos idênticos. O problema é que em Maceió é muito difícil chegar determinadas publicações nas bancas, e quando chegam, geralmente vêm com atraso significativo. Então, a solução é garimpar boas ofertas em sites de compras, onde muitos vendedores acham que somos otários ou imbecis, pois cobram preços exorbitantes por uma miniatura. É certo que se tratam de revendedores, com despesas de compra e ainda tendo que retirar o seu lucro da negociação. Mas alguns preços são verdadeiras aberrações.

Então, a coleção do Jornal Extra surgiu como alternativa para substituir alguns modelos, com preços mais acessíveis. Tudo bem que o nível de detalhes das minis da De Agostini é mais alto, mas se pararmos para pensar que há alguns anos atrás ninguém imaginava que veríamos serem fabricadas miniaturas em metal de tantos carros nacionais, o que temos em mãos já é o bastante. Então iniciei minha coleção com uma Chevrolet Veraneio (carro que pensava que nunca iria ver em miniatura), da qual sou fã há bastante tempo. Talvez por ter visto tantas fazerem transporte entre cidades do interior daqui de Alagoas durante muito tempo. Era incrível como cabiam tanta gente e tanta bagagem ao mesmo tempo dentro de uma Veraneio!

Então, seguem fotos da Chevrolet Veraneio, cujo modelo em questão tem a frente da 1ª versão, lançada em 1964.