"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

quarta-feira, 22 de março de 2017

Séries nomes que fizeram/fazem a história da Stock Car - Parte XII: Luciano Burti


Continuando a nossa série sobre os pilotos que fizeram ou ainda fazem parte da Stock Car, falaremos hoje de um nome que integrou o grupo de egressos da Fórmula 1 que disputou a categoria. Trata-se do piloto e comentarista Luciano Pucci Burti.

Burti nasceu na capital paulistana em 05 de março de 1975, e começou sua carreira nas pistas em 1991, aos 16 anos. Após os títulos paulista e sul-americano, mudou-se para a Inglaterra em 1996, para competir na extinta Fórmula Vauxhall, tendo sido campeão da categoria em 1997. Nas temporadas de 1998 e 1999, disputou a Fórmula 3 Britânica, tendo sido vice-campeão no último ano.

Em 2000, passou a se dedicar somente à função de piloto de testes na Fórmula 1 pela equipe Jaguar, quando fez sua estréia no GP da Áustria, em substituição o irlandês e então vice campeão do mundo, Eddie Irvine. Esta foi a sua única corrida na temporada, ao passo que se tornou piloto titular em 2001, disputando apenas 5 provas pela Jaguar, quando fora substituído por Pedro de La Rosa, o que causou a sua mudança para a Prost. E o término da sua carreira na F1, no GP da Bélgica daquele ano, após o incrível acidente sofrido na curva blanchmont - que o deixou em coma por vários dias - todos já conhecem.

Sua estréia na Stock Car ocorreu no ano de 2005, pela então campeã RC Competições, de Rosinei Campos, que renovou seu time ao contratá-lo para formar dupla com Antônio Jorge Neto. A estréia foi das melhores, pois alcançou o lugar na prova de abertura, em Interlagos. Numa época em que somente os 15 primeiros pontuavam e não existia o sistema de rodada dupla, Burti terminou o campeonato na 5ª posição, com 79 pontos marcados.

Na temporada seguinte, rumou para a extinta Action Power, de Paulo de Tarso, onde ficou até o fim de 2008, obtendo resultados mais discretos. Com a mudança do regulamento e dos carros da Stock, mudou também de equipe, passando para a também extinta Boettger, de Ereneu Boettger, onde alcançou suas 02 vitórias na categoria, obtidas em Tarumã (2009) e Campo Grande (2011).

Após a longa parceria na equipe catarinense, firmou contrato com a tradicional Vogel, de Petrópolis, sob a batuta de Mauro Vogel, pela qual disputou a temporada de 2014, sendo que os resultados mais expressivos foram dois terceiros lugares - Brasília e Salvador. Já em 2015, acertou com a RZ Motorsport de Ricardo Zonta, com resultados ainda mais discretos.

A carreira de Burti na Stock fora interrompida após as duas primeiras etapas da temporada de 2016, em razão de problemas financeiros ocorridos entre a equipe RZ e sua então principal patrocinadora, a empresa do ramo de materiais de limpeza Klar, que inclusive afastou a equipe de várias etapas da temporada passada. No retorno, a dupla de pilotos foi formada por César Ramos e Danilo Dirani.


Quadro Resumo da carreira de Burti na Stock:

- 02 vitórias (Tarumã 2009 e Campo Grande 2011)

- 03 poles (Curitiba e Santa Cruz do Sul em 2006 e Ribeirão Preto em 2011)

- 10 pódios

- 04 voltas mais rápidas

- 148 corridas

- Equipes: RC Competições, Action Power, Boettger, Vogel e RZ Motorsport.

Destaque: Nesse meio tempo, venceu os 200 km de Buenos Ayres em 2005, com Diego Aventín, em um Ford Focus da categoria TC 2000.





 


quinta-feira, 9 de março de 2017

Peugeot Hoggar de corrida

 
Pick-up's de corrida não são exatamente uma novidade no automobilismo brasileiro. Por aqui já tivemos as saudosas DTM Pick-up e Pick-up Racing, a nem tão saudosa Copa Montana, além de outras oportunidades em que utilitários foram postos na pista, como por exemplo, as Montanas Flex Power que correram na Mil Milhas de 2004, história que já foi contada aqui no blog. Além de uma Saveiro, que correu nos 1000 km de Brasília de 2003, história que também já foi contada por aqui.

Hoje o assunto é a Peugeot Hoggar 1.6 da equipe WRC/Le Lac, que disputou provas de longa duração nos Campeonatos Brasileiro e Paranaense, entre 2012 e 2014. A estreia do bólido ocorreu na 21ª edição das 500 Milhas de Londrina, disputada em dezembro de 2012, sendo conduzido pelos experientes José Córdova e José Vitte, em quarteto com Marcos Ramos e Marcelo Karan. Após largarem na 21ª posição na geral e 3º na categoria B -, terminaram a disputa na 23ª posição na geral e 2ª na categoria.

Ausente na prova de 2013, em que pese ter sido inscrita em outras provas longas, a Hoggar voltou nas 500 Milhas de 2014, quando os pilotos Cláudio Kiryla/Marcelo Karam/Gustavo Kiryla largaram em 2º lugar no grupo V e na 16ª colocação na geral, tendo ocupado a 13ª colocação, onde estavam na 5ª hora da prova. Entretanto, um problema de motor fez que com que a picape abandonasse a prova, com 215 voltas completadas e 03 paradas nos boxes. No final, o trio terminou na segunda posição no grupo V.

Para efeitos de comparação, o tempo de volta, no Autódromo Internacional de Curitiba, girou em torno de 1min58s313, enquanto que em Londrina fora registrada a marca de 1min28s610. Além dos pilotos já citados que conduziram a Hoggar, destacamos também a participação de Davi Dal Pizzol.