"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Willys Gordini 1967 de Samuel dos Santos


Em abril de 2018, tive a oportunidade de começar a frequentar o encontro semanal de carros antigos do bairro de Jaraguá, aqui na Capital Alagoana, que até pouco tempo ocorria nas noites de quinta-feira, porém, foi necessário deslocá-lo para as quartas.

No meio de vários carros e pessoas, me chamou a atenção um Gordini preto, "com cara de mau", longe de ser aquele clássico original e bem comportado. Trata-se de um exemplar 1967, com várias adaptações feitas pelo seu proprietário, Samuel Nascimento dos Santos, 63 anos, um cara extremamente simpático e com aquele jeito de quem já viveu muita coisa e sabe do que está falando.

Sr. Samuca, chamado assim pelos amigos, é considerado a "pedra filosofal" do Cheiro de Mofo, uma confraria que vai muito além de um simples clube de carros antigos, pois o maior propósito é formar e reunir amigos em torno de um interesse comum: A paixão por carros. A idéia da confraria surgiu em meados de 2004, época em que existiam muitos outros clubes semelhantes, porém, que não resistiram aos desgastes entre seus membros e vieram a ficar pelo caminho. Mas o Cheiro de Mofo, em que pese ter passado por uma fase difícil, com apenas 02 (dois) membros, Sr. Samuca e Sr. Renato (dono de um Puma GTB modificado), resistiu às dificuldades e permanece até hoje, tendo muitos outros membros em seu cartel.

Mecânico por profissão, nos conta que o interesse por carros vem desde a infância, ao passo que desde os 15 anos de idade trabalha em oficina mecânica. Já o contato com as corridas veio desde 1990, ao iniciar o contato com a equipe formada pelos pilotos Márcio Leão e Rômulo Santos (cuja história já fora contada neste blog, no mês de outubro), que corria no Autódromo de Caruaru. Em nossa entrevista, Sr. Samuca revelou que o seu primeiro carro foi um Ford Maverick 6 cilindros, que lhe deu muitas felicidades nos asfalto e que causa saudades até hoje.

Além do Willys Gordini 1967 (com freios dianteiros de Corsa e traseiros de Golf, suspensão reforçada, tanque de combustível de plástico para não sujar o carburador, motor AP 1.8), que está em suas mãos há 11 anos, Sr. Samuca possui um Ford Versailles 2.0i GL ano 1995 muito bem conservado, e um Troller ano 2000, de uma das primeiras safras do modelo.

Enfim, hoje falamos sobre uma grande personalidade do antigomobilismo alagoano, um cara que tive o prazer de conhecê-lo e ouvir um pouco das suas histórias de vida, e que não poderia deixar de retratá-lo nesse blog. Muito obrigado meu amigo!






7 comentários:

  1. É muito prazeroso poder participar da história do cheiro de mofo e do antigomobilismo vivo.

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  3. Tenho o enorme prazer em conhecer o Samuca e dizer que ele me é um amigo muito querido... Já andei no Gordini preto com cara de mau aí e percebi os olhares de curiosidade e admiração pelo possante mas, quem não baba vendo (e andando) nesse carro não é?
    Parabéns pela matéria, gostei muito!
    Sucesso a todos.

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  4. Quero informar as pessoas que estão conhecendo o Sr Samuca agora que no início dos encontros nós erramos em depositar tanta consideração e respeito a sua pessoa, isso acarretou em um sério problema, sua reputação cresceu demais e o tranformou em uma estrela, a impressão é que criamos um monstro, depois que ganhou um cartão da prefeitura da smtt de idoso tem usado tal documento como uma autorização para ultrapassar limites de regras nos grupos de whatzapp, se tornando a principal atração em eventos de todo tipo, propagador da supremacia apzeira impondo aos opaleiros uma atuação em segundo plano coisa que não se via a muitos anos de domínio opaleiro, não sabemos o que fazer para reverter

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  5. Mais um ótimo texto! O clube é encantador e maravilhoso até pra quem não entende muito! Vale muito a pena ir conhecer! Que bom que ele resisti!

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