"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Equipe Sussego Motorsport - 1000 Milhas Brasileiras 2025

Na primeira sexta-feira do ano, dia 03 de janeiro, recebemos no Canal Entusiatas Sobre Rodas no Youtube as pilotas Alessandra "Ale" Menini e Michaella "Mika" Peixoto, junto com o também piloto - e pai de Mika - José de Orleans Peixoto Júnior. Para quem quiser conferir a gravação da entrevista ao vivo, é só acessar este link. E claro, se quiser curtir, compartilhar o vídeo e se inscrever no canal, a moral é toda sua.

O trio que dividiria a tocada do Volkswagen Gol G2 nº 73 (ou bola, bolinha, dependendo da região em que você se encontre) é diferenciado por si só. Peixoto Júnior e Mika (quem tem apenas 18 anos de idade), conforme falamos inicialmente, são pai e filha, algo praticamente inédito nos quase 70 anos de história das Mil Milhas Brasileiras. Embora tenhamos registros de pai e filhos correndo em um mesmo carro em várias oportunidades (Camilo Cristófaro e Camilinho, Xandy e Xandynho Negrão, Paulo Gomes e Pedro, Nelson Piquet e Nelsinho, entre outros), as informações que obtivemos é que pai e filha só correram juntos nas edições de 2005 e 2006, sendo eles Fernando Parra e Fernanda.

Já Ale Menini tem seu nome gravado na história da prova por ter sido a primeira mulher a vencer numa categoria (TN1A), feito este obtido na edição de 2023, à bordo da Ford Courier DTM da Equipe Lira Racing, dividindo a tocada Augusto Santin, Iures Delfino, Vinícius Lira e José Santiago.

Infelizmente, por questões de ordem pessoal, Ale Menini não pôde concretizar a sua participação na prova, motivo pelo qual foi inscrito no VW Gol, junto com Peixoto e Mika, o experiente piloto Everton Costa Wagner.

Inscrito na categoria T1, para veículos de turismo com motor aspirado de até 1.6 litros (8 ou 16 válvulas), o VW registrou o tempo de 2min13s701, suficiente para deixá-lo na 59ª posição do grid formado por 70 (setenta) carros. A largada ficou sob a responsabilidade de Peixoto Júnior.

A corrida, que teve várias interrupções por safety-car e chuva forte logo nas primeiras voltas, transcorreu com relativa tranquilidade para o valente Volkswagen e seu trio de pilotos, pois não tiveram problemas mais significativos durante cerca de 11 horas de prova. Porém, como as 1000 Milhas são uma caixinha de surpresa, com vida e vontade próprias, o cenário mudou totalmente a partir dos últimos 40 minutos de prova, quando estavam na liderança da categoria.

Naquele momento, Costa Wagner parou nos boxes para entregar o carro a Peixoto Jr., pois passou a sentir fortes câimbras que impediram a continuidade do seu stint. Só que durante a parada, a bomba de combustível passou a apresentar problemas, que forçaram a sua substituição e uma parada mais longa, junto com o cubo de uma das rodas traseiras, que também quebrou.

E os últimos 10 minutos de corrida ainda reservaram fortes emoções, pois a bomba de óleo passou a perder pressão, o que fez com que as últimas voltas fossem feitas no sacrífico, como nos contou Peixoto Júnior, ao ponto de utilizar a 1ª e 2ª marcha com frequência durante o giro no circuito de Interlagos.

Mas o sacrifício fora coroado com a glória de receber a bandeira quadriculada nas Mil Milhas Brasileiras, com 265 voltas completadas e 37ª posição na classificação final, que lhes rendeu o 3º lugar na categoria T1. A melhor volta foi registrada em 2min12s363, na 154ª volta.

E a vitória maior, certamente, foi para pai e filha, que tiveram a oportunidade de realizar esse sonho juntos, e escrever seus nomes na história da prova. As lágrimas, ao descer do carro, são o resumo de todo esse sentimento.









 

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