Dedico este post para falar sobre carros pouco usados nas competições. Por diversas razões, muitos veículos que foram sucesso de vendas e aceitação por parte do público consumidor, não foram bem sucedidos em relação ao seu uso nas pistas. Segue então uma pequena lista desses veículos:
1. Chevrolet Monza: Um dos carros mais luxuosos da GM, perdendo em status apenas para o Opala Diplomata, o Monza foi um sucesso de vendas, tanto na 1º geração, quanto na 2ª (tubarão). Até hoje, o carro é um clássico entre os sedãs grandes já produzidos no Brasil. Nas pistas, o carro não teve sucesso, tanto que os únicos registros de um Monza disputando corridas foram:
- Mil Milhas de 1998 (27ª edição) - Chevrolet Monza Nº 62 - Filipe Meirelles e Mirko Hlebanja - 19º posição na geral/248 voltas (tempo de classicação: 2min17s124)
- 500 Km de Interlagos de 2000 (19º edição) - Chevrolet Monza Nº 62 - Filipe Meirelles e Adriano Medeiros
2. Fiat Tempra: O Tempra chegou a ser o carro mais veloz vendido no Brasil, mas essa performance não foi suficiente para propocionar vitórias nas pistas. Em 1994, a Fiat tentou criar uma categoria monomarca do modelo Tempra Turbo, lançado naquele mesmo ano. A responsabilidade pelo desenvolvimento do carro ficaria por parte da Greco Competições, que chegou até a montar um protótipo para testes. Porém, a idéia não foi adiante, pois o presidente da CBA na época, Reginaldo Bufaiçal, não autorizou as atividades da categoria, alegando que esta iria competir diretamente com a Stock Car e essa concorrência seria "danosa para o automobilsimo nacional"¹. Há ainda registros de que um Tempra chegou ser preparado para andar no Campeonato Gaúcho, em Tarumã, mas a aventura não foi das melhores, pois o tempo de volta dele era similar ao de um Speed 1600. Além de que o acerto de suspensão (principalmente da suspensão traseira) para a pista, era algo impossível de se conseguir.
¹ Fonte: www.gptotal.com.br
¹ Fonte: www.gptotal.com.br
3. Volkswagem Logus: Um dos frutos da Autolatina, a parceria firmada entre a Ford e a Volkswagem entre os anos de 1987 e 1996, não teve boa aceitação pelos consumidores. Nas pistas, idem. Há registros de alguns que correram na tradicional 12 Horas de Tarumã, na década de 90, e em campeonatos de turismo no RS e Paraná, sobretudo Cascavel.
4. Suzuki Swift: Nunca foi usado em corridas no Brasil, somente em outros lugares do mundo.
5. AeroWillys: Grande, pesado e muito "parrudo" se comparado com os concorrentes da época (Simca Chambord e FNM JK 2.0), o AeroWillys não foi um assíduo frequentador de provas na década de 60. Porém, poucos ainda se arriscaram em colocá-lo nas pistas.
6. Volkswagem Kombi: Por incrível que pareça, já houveram corridas de Kombi no Brasil. Isso ocorreu na década de 60, mais precisamente em 1968 no autódromo de Jacarepaguá, Rio. Na mesma época, ocorreu uma outra corrida de Kombi em Cascavel, PR.
7. Volkswagem Apolo: Usado na Copa Shell de Marcas, em 1992, e no antigo Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos, sobretudo pela dupla Jorge de Freitas e Paulo Sarmento.
8. GM Kadett: Não há registros de que tenha sido usado em competições. Mas nos últimos anos dos Brasileiro de Marcas, foi iniciado um projeto de um Kadett para disputar o campeonato, porém a iniciativa esbarrou nas especificações e limitações técnicas do regulamento e o carro nunca andou. Já em provas de arrancada, o piloto Vicente Orige fez muito sucesso por volta de 2004, correndo com um Kadett na categoria Super Street Tração Dianteira, no Campeonato Paranaense, e posteriormente com outro modelo, menos preparado, na categoria Street Tração Dianteira.
Entre outros carros raros nas pistas estão:
- Um Ford Galaxie preparado pela equipe Automotor, que correu na década de 1980 na categoria Turismo 5000. O carro ficou guardado durante anos em uma oficina, que ficava perto de um viaduto, quando um caminhão caiu da ponte, e acertou o teto da oficina com o Galaxie dentro.
- Uma Peugeot 806 já disputou as 24 Horas de Spa, na Bélgica.
- Já foi realizada uma corrida só com Homi-Isettas em Interlagos
- O Mondeo da Ford foi muito utilizado no Campeonato Sulamericano de Superturismo, no fim da década de 1990 e em provas na Europa
- O Volkswagem SP2 já foi utilizado em provas de Rally Clássico
- Uma GM Ipanema estava sendo preparada há dois anos atrás para correr em provas de longa duração
- GM Corsa Sedan, Fiat Prêmio e Volkswagem Polo correram em provas de marcas e pilotos em São Paulo e no Rio Grande do Sul
- O piloto Leandro de Almeida preparou um Ford Ka para pistas, utilizando o motor 2.0 do Mondeo
Citei que carros como o Monza e o Kadett já foram utilizados com sucesso em provas de arrancada somente como referência. A preparação e as necessidades de um carro de circuito são muito diferentes de um carro de arrancada, o que torna a adaptação desses carros mais difícil.
Citei que carros como o Monza e o Kadett já foram utilizados com sucesso em provas de arrancada somente como referência. A preparação e as necessidades de um carro de circuito são muito diferentes de um carro de arrancada, o que torna a adaptação desses carros mais difícil.
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