Faleceu na última terça-feira, 21 de março, o piloto paulistano Reinaldo Antônio Campello de Luca, um dos nomes responsáveis pelo nascimento (e crescimento) da categoria Stock Car Brasil. Campello nasceu em 05 de janeiro de 1945, e começou sua carreira em 1973, correndo de Opala nos certames Divisão 1 e 3, sendo que o primeiro se tornou monomarca no ano de 1979, dando origem à conhecida Stock Car.
Foi um dos 10 pilotos que alinhou no grid de largada da 1ª etapa da categoria, disputada em 22 de abril de 1979, tendo terminado na última posição, com apenas 08 (das 32 totais) voltas completadas, a bordo do Chevrolet Opala preparado pelo ex-piloto Tôco Martins. Entre 1979 e 1986, disputou 69 corridas no total, tendo obtido 03 vitórias (Interlagos 1980 e 1982, e Guaporé, em 1981), 06 pódios, 06 pole positions e 05 voltas mais rápidas. Suas melhores posições na classificação final do campeonato foram registradas em 1981 e 1982, quando terminou na 5ª posição.
Muito mais significativos do que os resultados obtidos na pista, foram as ações de Campello para que a categoria tivesse retorno de mídia e destaque no cenário nacional - e até mesmo internacional. Junto com o piloto português Pedro Queirós Pereira (mais conhecido como Pequepê), foi um dos grandes responsáveis por levar a Stock Car a Portugal em 1982, no Torneio Grão-Pará, composto por 02 corridas disputadas no circuito B de Estoril (ambas vencidas por Paulo Gomes). Além disso, contando com o apoio da General Motors e principalmente da Rede Bandeirantes, conseguiu proporcionar ao automobilismo nacional destaque até então nunca visto na TV aberta, mediante suas ações como diretor de esportes da emissora paulistana.
Nas Mil Milhas Brasileiras, registrou sua primeira participação no ano de 1973, ao terminar na 53º posição, dividindo o GM Opala nº 21 com Fausto Dabbur (completaram apenas 18 voltas). Em 1984, obteve sua única vitória na prova, formando trio (fez 02 stints no carro vencedor) com Zeca Giaffone e Maurizio Sala. Aquela corrida começou tensa para o trio, pois um problema numa das rodas fez com que perdessem 12 minutos nos boxes, o que representava na época, uma desvantagem de cerca de 03 voltas.
Realmente, uma grande perda para o automobilismo nacional. Campello fez muito pelo esporte que amamos.
ResponderExcluirDemais, irmão. Foi um cara de muita visão, que soube criar oportunidades para o automobilismo nacional.
ExcluirO Campello foi daquelas pessoas que não só amava automobilismo como fazia tudo acontecer. Foi piloto dono de equipe, patrocinador e deu oportunidade a muita gente. Saudades Campello!
ResponderExcluirVerdade, meu amigo. Foi um dos poucos que pensou no crescimento do esporte, e não só em ganhar corridas.
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