"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Opalas Stock Car - Mil Milhas anos 80

Seria redundante dizer que o Chevrolet Opala, seja sob o regulamento da Divisão1, Stock Car, Hot Car ou Força Livre, foi o grande nome das edições das Mil Milhas disputadas na década de 80. Das oito edições disputadas no período, apenas a corrida realizada em 1983 não foi vencida pelo modelo, embora em todas elas, as dez primeiras colocações tenham sido conquistadas por Opalas, em sua maioria.

E nesse tema, trazemos para vocês, caros leitores, uma sequência de fotos de Opalas que registraram participações nas Mil Milhas entre 1981 e 1989, formando grids que até hoje enchem os olhos dos apaixonados pelo modelo.


1987 - Leandro de Almeida e Zeca "Salsicha" Dias


1988 - Ênio di Bonito, Almir Couto e Renée Vanucci
1989 - José Antônio Bruno, Jorge Precupeano e Marcos Fantinati - 35º lugar na prova, com 144 voltas

1986 - Renato Marlia e Neimer Helau







segunda-feira, 31 de março de 2025

Março mês da mulher: Alessandra Menini

Encerrando nossa trajetória de homenagens, neste mês de março, às personalidades femininas que escreveram seus nomes na história do automobilismo nacional, falaremos um pouco sobre a piloto Alessandra Menini.

Ale é o que consideramos uma profissional multifacetada, destacando-se como pilota de automobilismo, empresária e mentora, e que tem presença ativa nas redes sociais para compartilhar suas experiências e inspirar outras mulheres a conquistarem seu espaço, não só no esporte a motor, mas também em outras áreas profissionais. Um dos seus testemunhos de resiliência foi o diagnóstico, tratamento e cura de um câncer de mama, descoberto "ao acaso" durante uma sessão de cinema.

No automobilismo, iniciou sua paixão pelo kart, na qual deu uma pausa por questões profissionais e pessoais, retomando-a em 2019, passando também pela Copa Joy Chevrolet e pela Race Cup. Sua dedicação ao esporte culminou em uma conquista histórica: Em janeiro de 2023, tornou-se a primeira mulher campeã das 1000 Milhas Brasileiras, na categoria TN1 A. Até então, o maior destaque feminino na prova tinha sido o 2º lugar (na geral e na categoria) de Letícia Zanetti em 2002, com um protótipo AS Vectra 2.0. 

Essa conquista se torna ainda mais marcante em virtude de o carro utilizado por Ale e seus companheiros da equipe Lira Racing (Iures Delfino, Vinícius Lira, José Santiago e Eduardo Teixeira), ter sido uma Ford Courier (única no grid) derivada da antiga categoria Pick-up DTM, que por sua vez, tinha grids lotados no início dos anos 2000. Aliás, já contamos um pouco dessa história no blog, e você pode conferir essa história aqui.

A valente Courier (que já tinha disputado a prova em 2022) fez frente a carros mais novos e potentes, não só por ter vencido na sua categoria, mas também por terminado em um valioso oitavo lugar na classificação geral, com 308 voltas completadas. Como melhor marca na prova, foi registrado o tempo de 2min02s094.  Destaque para o fato de Ale ter pego o carro na 10ª posição e o ter entregado na 7ª posição na geral. Ao portal Lance*, fez a seguinte declaração:

Queria ganhar experiência de pista, além de ver se conseguiria suportar um stint de 2h30 sem parar de pilotar e ainda mantendo a constância, essa era a proposta para os pilotos da equipe. Eu não tinha a menor ideia de que essas expectativas seriam mais do que superadas. Além de ter feito um stint de quase 3h, agora somos campeões das 1000 Milhas Chevrolet Absoluta! É uma honra imensa para mim.

E completou:

- No meio do stint, tivemos um problema com o câmbio e perdemos a 5ª marcha. Na hora, fiquei bastante preocupada, mas a comunicação constante com o Vinícius Lira (chefe da equipe) foi essencial e me tranquilizou. Segui tudo que ele me passou por rádio e o resultado foi excelente. Mesmo sem a marcha, pude fazer um stint muito consistente, apesar do trânsito constante na pista.

Em 2024, Ale voltou ao grid da prova no mesmo bólido, mas em razão da quebra de um terminal elétrico do alternador, a performance ficou prejudicada, deixando a pick-up na 4ª posição na categoria e 25ª na geral.




Courier na prova de 2024. Foto de autoria do Paulo Abreu (@volta_rapida). Todos os direitos reservados. 


Courier na prova de 2024. Foto de autoria do Paulo Abreu (@volta_rapida). Todos os direitos reservados. 


*Disponível em: https://www.lance.com.br/mais-esportes/ale-menini-vence-gp-e-se-torna-a-primeira-mulher-campea-do-1000-milhas-chevrolet-absoluta.html

domingo, 30 de março de 2025

Março mês da mulher: Ford Fiesta Feminino 2001

Hoje nosso registro feminino vai homenagear não só uma piloto, mas uma categoria inteira. Trata-se do Campeonato Ford Fiesta Feminino, disputado apenas na temporada de 2001.

Na foto gentilmente cedida por nosso irmão Rômulo Amorim, estão os bolidos estacionados nos boxes do Autódromo de Caruaru, quando da disputa da 2a etapa. A pole e vitória ficaram com a pernambucana Danuza Moura.

Se você quer saber mais sobre a história da categoria, acesse este link, uma retrospectiva de alto nível do nosso irmão Rodrigo Carelli. 




sábado, 29 de março de 2025

Março mês da mulher: Suzane Carvalho e Delfina Frers - A dupla feminina em 1997

A última participação de Suzane Carvalho nas Mil Milhas Brasileiras ocorreu em 1997, ano em que a prova foi disputada pela primeira vez fora de Interlagos e pela única vez em Brasília/DF. Além disso, foi a única vez em que uma dupla feminina dividiu a tocada durante toda a prova (já tínhamos o registro de um trio, em 1996, e em 2021 tivemos um quarteto).

E essa história foi resumida por Suzane no Instagram (@suzanecarvalhopiloto) da seguinte forma:

"A história dessa corrida é longa. Correríamos outra vez o mesmo trio feminino: Suzane Carvalho, Delfina Frers e Marisa Panagópulo em uma BMW. Mas já nos primeiros treinos, percebi que o carro não estava bem preparado e sabíamos que, como pilotos, tínhamos excelente oportunidade de podium. Essa corrida foi em Brasília e largou no domingo pela manhã. No sábado à noite, após já termos classificado, tivemos reunião e conseguimos alugar o carro da Buono*, outra vez o excelente Aldee do Almir Donato. A Marisa não aceitou a troca e corremos então em dupla feminina (a única que participou neste formato, na história dessa corrida).

Tivemos que largar em último. Estávamos brigando pelo 1º posto na última tocada, faltando pouquíssimo para terminar a corrida, tomamos 2 time penalties de 2 minutos! Um porque respingou combustível após o abastecimento e outro por briga da equipe com os comissários (pela penalização que deram), e tive que cumprir e perder 4 minutos, o que nos fez terminar em 3º. Deu podium".


*Concessionária Fiat situada em Guaratinguetá - SP.


quarta-feira, 26 de março de 2025

Março mês da mulher: Suzane Carvalho & Cia.: O trio feminino em 1996

Em um ano em que as Mil Milhas Brasileiras ficaram "estranguladas" no calendário (no mês de abril), Suzane Carvalho fez aquela edição ter um fato histórico, ao formar a primeira equipe exclusivamente feminina a disputar uma Mil Milhas. E essa história, já abordada em nosso blog há alguns anos (confiram no menu ao lado), foi resumida da seguinte forma pela piloto (em seu perfil no Instagram):

"Organizei o primeiro trio feminino a participar da corrida, com a Delfina Frers e a Marisa Panagopulo. O Almir Donato, criador do carro Aldee, com o qual corremos, abraçou o projeto. Largamos em 11º (dá para ver que tinha bastante carro atrás). Estávamos em 3º na categoria, mas no meio da madrugada*, na volta em que uma das argentinas** entraria nos boxes para troca das pastilhas de freio e de piloto, ela ficou sem freio e acabou batendo***".

*Meio da noite, mais precisamente na volta 224, pois a prova teve a largada durante o dia (13:00).

** Delfina Frers estava ao volante neste momento.

*** A colisão ocorreu com o Aldee do piloto José Mário, que muito irritado com o ocorrido, chegou a ameaçar agredir Delfina nos boxes.











sábado, 22 de março de 2025

Março mês da mulher: Suzane Carvalho e o Japamóvel - 1994

Dando continuidade à série sobre as participações de Suzane Carvalho nas Mil Milhas Brasileiras, reproduzo a postagem feita pela piloto em seu perfil no Instagram, sobre a edição de 1994:

"Eu, Júlio (Machado) e o criador do Japamóvel (João Noboru Mita), chegamos em 3ª na categoria. Estávamos em 1º até bem próximo do final, quando o Japa bateu o carro. O inesquecível desta corrida foi minha primeira 'tocada': Peguei o carro 66º (última posição) e entreguei para meu companheiro Júlio em 11º, sendo 1º na categoria, o que mantivemos até um pouco antes de acabar a corrida. Fui a 1ª mulher a subir no podium dessa tradicional corrida".






terça-feira, 18 de março de 2025

Março mês da mulher: Suzane Carvalho nas Mil Milhas de 1993

Com a autorização da própria piloto, reproduzo na íntegra a postagem feita por Suzane Carvalho, em seu perfil no Instagram (@suzanecarvalhopiloto), quanto à sua participação nas Mil Milhas Brasileiras de 1993:

"Dividi Opala de Paulo de Tarso* com ele mesmo e Carlos Ehlke**. Mesmo tendo quebrado o diferencial e perdido voltas presos na brita (com Carlos Ehlke), chegamos em terceiro na geral. Não temos a foto desse podium porque a cronometragem errou e só consertou o erro após o podium".

* Esse mesmo Opala havia sido o pole position da edição anterior, em que a dupla Paulo de Tarso e Carlos Alves finalizou na 4ª posição na geral.

** Piloto curitibano que disputou 16 provas na Stock Car entre 1992 e 1993. O melhor resultado foi o 4º lugar, obtido na 8ª e última etapa de 1992, disputada em Interlagos/SP.





sexta-feira, 14 de março de 2025

Março mês da mulher: Maria Helena Fittipaldi

Maria Helena Dowding, ou simplesmente Maria Helena Fittipaldi, não é lembrada no meio automobilístico simplesmente por ter sido a primeira esposa de Emerson, e por sua beleza e elegância presentes nas pistas na década de 70. Filha de ingleses, mas nascida no Brasil, ditou moda entre as mulheres com seus marcantes óculos escuros e chapéus, quando cronometrava os tempos de pista de seu marido. 

Ela também foi responsável pela iniciativa, no final dos anos 90 e início dos anos 2000, de criar divisões femininas nas categorias monomarca Corsa e Fiesta, com corridas e premiações separadas da categoria masculina. Nessa época, Maria Helena era presidente da AMPACOM - Associação das Mulheres Pilotos de Automobilismo Competitivo.

Na foto do amigo Antonio Preggo, vemos o Chevrolet Corsa de Maria Helena quando da visita da categoria ao Autódromo de Caruaru, no ano de 1999.


segunda-feira, 10 de março de 2025

Março mês da mulher: Márcia Arcade - Copa Corsa Feminina

Dando continuidade à nossa temática feminina do automobilismo, numa singela homenagem ao mês da mulher, trazemos um registro fotográfico do amigo Antonio Preggo. Trata-se, mais precisamente, do Chevrolet Corsa no qual a piloto paranaense Márcia "Furacão" Arcade disputou a etapa de Caruaru da Copa Corsa Feminina, em 1999.

Naquele ano, Maria Helena Fittipaldi organizou uma divisão da categoria voltada apenas para mulheres pilotos, tendo contado com a adesão de vários nomes consagrados do esporte a motor, sendo que a própria também disputou algumas etapas.

Sobre Marcia Furacão, basta dizermos que ela foi a primeira mulher a disputar a Fórmula Truck, em 1998, pilotando um caminhão "cara-chata", que na época era uma novidade em meio aos caminhões bicudos (diferentemente dos dias atuais). Márcia também foi a primeira mulher a desempenhar a função de motorista de caminhão-tanque na Petrobrás, na década de 1990.



quinta-feira, 6 de março de 2025

Março mês da mulher: Danuza Moura

A pernambucana Danuza Moura começou a correr com 15 anos de idade no kart, em meados de 1995 (piloto revelação do ano). No ano de 1999, foi campeã brasileira de Corsa Feminino (categoria criada por Maria Helena Fittipaldi, primeira esposa de Emerson Fittipaldi), ao passo que no ano seguinte, passou a disputar provas da categoria Corsa Metrocar.

Já em 2001, participou do Campeonato Brasileiro de Stock Light (que na época corria com o Chevrolet Omega 6 cilindros), quando foi a única mulher inscrita no certame, em meio a pilotos como André Bragantini Júnior, Thiago Camilo, Pedro Gomes, Thiago Marques e seu conterrâneo Bruno Santos (filho de Rogério dos Santos, o "jegue voador), que venceu a terceira etapa daquele ano (disputada em Interlagos). Nesta corrida, Danuza foi a 10ª colocada, mesmo tendo rodado na 11ª volta.

Naquele mesmo ano, correu também na categoria Ford Fiesta Feminino 1.6 (que novamente teve na organização a chancela de Maria Helena Diniz), na qual conquistou excelentes resultados, como a pole position e a vitória na 2ª etapa, disputada em sua casa, no Autódromo de Caruaru, e a vitória na 5ª etapa, na rodada dupla de Interlagos. A retrospectiva completa você contra aqui, no blog irmão Blog do Carelli.

E a última participação sua em uma categoria de destaque foi em 2004, na Fórmula Truck, quando correu pela equipe Scuderia Forza/Italspeed as últimas 06 (seis) etapas do campeonato, com um Iveco.

Danuza é irmã do também piloto Adson Moura, filhos do falecido Amauri Moura, um grande incentivador não só da carreira dos seus filhos, mas também do automobilismo pernambucano.

*Fotos de Antonio Preggo 













domingo, 2 de março de 2025

Março mês da mulher: Kátia Benevides - Speed 1600 Caruaru

Nesse mês de março, o Blog da Mil Milhas homenageará as mulheres que escreveram seus nomes na história do esporte a motor. E hoje, trazemos dois registros do final dos anos 90 e início dos anos 2000, da piloto Kátia Benevides, em Caruaru.

Kátia foi uma das pioneiras a disputar corridas no autódromo do interior de Pernambuco, numa época em que a Speed 1600 tinha grids lotados.

Tal movimentação da categoria muito se deveu ao apoio dado pelo saudoso Amauri Moura, pai dos pilotos Danuza e Adson Moura.

* Fotos de Antonio Preggo



sábado, 1 de março de 2025

Os 15 anos do Blog da Mil Milhas

Caros amigos e leitores! Ontem, dia 28 de fevereiro de 2025, este espaço completou 15 anos de vida, e como forma de homenagem, o Canal Entusiastas Sobre Rodas, no Youtube, convidou este que vos fala para um bate-papo.

Sinto-me grato à vida pela oportunidade de poder registrar e contar tantas histórias do esporte a motor, durante todo esse tempo, que representa quase metade da minha vida, como bem observado pelo irmão Rodrigo Carelli. Mas acima de tudo, estão as pessoas que conheci e amizades que formei nessa empreitada.

A todos vocês que passaram aqui, comentaram, leram nossas postagens ou contribuíram com elas, o meu sincero agradecimento. Esse blog é feito para vocês, e não vamos parar nem tão cedo. Um forte abraço!




terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Entrevista com Zeca Giaffone

Ontem, 24 de fevereiro de 2025, o Blog da Mil Milhas teve a oportunidade de participar de uma entrevista histórica com Zeca Giaffone, campeão de 1987 da Stock Car e vencedor de nada mais nada menos do que cinco edições das Mil Milhas Brasileiras (1981, 1984, 1986, 1988 e 1989).

Esse acontecimento só foi possível graças à iniciativa dos nossos parceiros Zé Carlinhos e Rodrigo Carelli, do canal Entusiatas sobre Rodas no YouTube. Gratidão imensa aos dois.

Para quem quiser conferir o papo, segue o link do vídeo.



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

O tricampeonato de Fornari/Andreatta - 1959

A dupla gaúcha Breno Fornari (1925 - 2007)/Catharino Andreatta (1911 - 1970) foi dominante na primeira fase da história das Mil Milhas Brasileiras. Entre 1956 e 1967, venceram três das nove edições disputadas no período, sendo que apenas o piloto (igualmente gaúcho) Orlando Menegaz (1918 - 2000) também conseguiu vencer a prova em mais de uma oportunidade (duas vezes, em 1957 e 1961). A marca de três vitórias só foi ultrapassada em 1988, com a quarta vitória de Zeca Giaffone.

As três vitórias foram alcançadas a bordo da carretera Ford V8 nº 2 (pertencente a Andreatta, embora Fornari também tivesse a sua), cujo motor alcançava cerca 260 cavalos, domados pelo câmbio Jaguar de quatro marchas. Na foto da edição de 1959, podemos ver também o VW nº 66 da dupla José Maria Salles e Antônio Pereira parado nos boxes, o qual terminou a prova na 19ª posição, com 158 voltas completadas.



sábado, 8 de fevereiro de 2025

Arrancada em Alagoas: A retomada

Para quem é amante do automobilismo e mora em Alagoas, o ano de 2024 foi uma verdadeira contagem regressiva para a inauguração do Circuito M3, um empreendimento automobilístico de alto nível situado na cidade de Pilar, área metropolitana da capital.

O complexo em questão conjuga no mesmo espaço pista de kart homologada para competições oficiais, cuja reta permite a disputa de provas de arrancada, na medição de 1/8 de milha (ou 201 metros), além da infraestrutura necessária para acomodar o público com conforto e segurança (arquibancadas, restaurante, lanchonete, banheiro e estacionamento interno).

A inauguração ocorreu em dezembro de 2024, com desfile de antigos e baterias de kart de 18 e 13 hp, que comprovaram que essa iniciativa veio para mudar o cenário do esporte a motor não só em Alagoas, mas também no Nordeste como um todo.

E no dia 20 de janeiro, houve um treino noturno de arrancada, aberto ao público, que contou com carros de diversas categorias e níveis de preparação, passando por chevette turbo, corsa aspirado, bmw m3, até ferrari 488 e mesmo uma lamborghini revuelto, que proporcionaram disputas acirradas, ainda que tenha sido um treino livre.

Mas enquanto o campeonato não se inicia oficialmente, o que vai acontecer no dia 15 de fevereiro, deixo vocês com algumas fotos do treino do dia 20, além de fazer uma retrospectiva das provas de arrancada em nosso Estado.

Em 2003, foi anunciado o I Campeonato Norte/Nordeste de Arrancada Automobilística, com previsão de três etapas entre 2003 e 2004. A organização ficou por conta da empresa Robot Produções, sendo que as provas foram realizadas na pista (22 metros de largura e 860 metros de extensão total) do Aeroclube de Maceió, situado no bairro do Tabuleiro dos Martins.

A primeira etapa foi disputada em 19 de outubro, com medição de tempo nos 402 metros (1/4 de milha), e 60 carros dividos em oito categorias. Os vencedores podem ser conferidos nesta outra matéria, publicada há mais de 10 anos em nosso blog.

A segunda etapa estava prevista para os dias 17 e 18 de janeiro de 2004. Porém, as chuvas que caíram naquele final de semana em Maceió impediram a realização regular das disputas, motivo pelo qual a prova fora adiada para o final de semana seguinte. No total, 96 carros participaram, divididos em nove categorias (houve a criação da categoria força livre). Quanto à organização, a Robot Produções atuou de forma conjunta com as Organizações Arnon de Mello, tendo o apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, Prefeitura de Maceió e Caixa Econômica Federal.

Um dos destaques da prova foi o Chevrolet Opala Diplomata 1992 de Sérgio José Oliveira, um carro de rua que teve a mecânica preparada para participar exclusivamente da disputa. O resumo da preparação do carro foi fornecido pelo amigo Rômulo Amorim, que além de ter participado da preparação do Opala de Sérgio, também participou daquela etapa, com o seu Chevrolet Opala Stock Car 1972, cuja história já contamos aqui:

Bloco 4100cc, com pistão 0,50; taxa de compressão 12,5x1; carburador Weber 446 trabalhado; tucho mecânico de Corvette; polia  harmônica no virabrequim; comando de válvulas 250s; coletor 6X2 de competição; disco de embreagem trançado e câmbio 5 marchas original, ligado ao difencial Dana 30 relação 3.06x1.



A III e última etapa ocorreu em 15 de maio de 2004, mas infelizmente não conseguimos encontrar maiores informações.

*Fonte: Arquivo do jornal Gazeta de Alagoas. Todos os direitos reservados.