"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

2ª etapa do campeonato alagoano de arrancada - 2025

Se em fevereiro deste ano falamos com grande expectativa sobre a retomada da categoria arrancada (confira no menu ao lado), o que vimos na reta do Circuito M3 neste último final de semana foi além do que esperávamos. Marcada para o sábado, 06 de setembro, a 2ª etapa do alagoano de arrancada reuniu mais de 90 carros de várias cidades de Alagoas, bem como dos Estados vizinhos.

Apesar de os treinos terem sido realizados no sábado, as puxadas oficiais só ocorreram a partir da manhã do dia seguinte, pois era só começarem os burnouts que a chuva dava o ar da graça. Entre idas e vindas, minutos de espera para secagem da pista, o tempo fechou de vez no fim da tarde, forçando o adiamento da etapa. Mas a espera valeu. Oh se valeu...

Na medição de 201 metros (1/8 de milha), gritaram forte carros como Chevrolet Chevette e Opala, Volkswagen Gol de várias gerações, Fiat Uno, BMW, entre outros, incluindo a Porsche 911 Turbo S do piloto Márcio Dantas (Camaçari/BA), que quebrou o recorde de 6,6 segundos da Lamborghini Revuelto de Galba Aciolly Filho. Largando sozinha, a 911 3.8 amarela registrou o tempo de 6,57s, que também é o menor tempo deste modelo em todo o Nordeste.

Entre os destaques da prova, tivemos carros como a Volkswagen Saveiro G3 com a caçamba super aliviada do piloto Tadeu, o Chevrolet Kadett carburado de Luiz Buarque (AL), montado às vésperas da etapa, o mítico Mitsubishi Lancer Ralliart 4x4, além do:

- Chevrolet Chevette DL 1993 aspirado de Marconi Menezes (SE), que marcou o tempo de 9,565s + 0,152 de reação.

- Volkswagen UP Cross 2017 de Fabrício Araújo (SE).

- Audi RS6 4.0 2015 de Vitor Melo (BA) - 7,253s + 0,108 de reação.

- Volkswagen Gol "bola" Special 2000 de Niraldo Menezes (SE) - 9,041s.

- Volkswagen Fusca 2.3 turbo 1985 - Miguel Neto (AL)

- Volkswagen Fusca de Roberto Gomes

- Fiat Uno Mille Turbo 2008 de Bruno Nicácio (AL)

Então é isso, amigos, ficamos no aguardo da 3ª etapa, programada para o mês de novembro, com a expectativa de termos o tratamento da pista com vht, que proporcionará um grip ainda maior aos "canhões" que rasgam a reta do Circuito M3.

Seguem algumas fotos da etapa, gentilmente cedidas por Gabriel Araújo, além dos vídeos exclusivos do piloto David Michael, que representa a modalidade do drift em nosso Estado. 

 



























segunda-feira, 1 de setembro de 2025

A última (?) Mil Milhas de Chico Serra - 2007

Francisco Adolpho Serra, ou melhor, Chico Serra, é indiscutivelmente um dos grandes pilotos da história do automobilismo nacional, considerando os feitos alcançados ao longo da carreira, além da sua participação em episódios marcantes da história do esporte a motor. Um exemplo são as corridas que disputou pela Escuderia Fittipaldi na F1, da qual todos nós sabemos das lutas e dificuldades para colocar um carro no grid de largada naquela época.

Em termos de Mil Milhas, Chico fez sua estréia em 1981, e já com vitória na classificação geral. Naquela ocasião, dividiu um Chevrolet Opala Stock Car com os irmãos Affonso e Zeca Giaffone, que marcou a 5ª posição nos treinos classificatórios. Porém, um vazamento de óleo do motor no fim dos treinos, fez com que o preparador Jayme Silva decidisse pela troca do propulsor, o que colocou o Opala na última posição do grid. Mas, através de uma eficiente estratégia de paradas e plano de corrida bem traçado pelos pilotos e por Jayme Silva, os últimos passaram a ser os primeiros, e o trio do Opala nº 6 venceu a disputa após 12h32min13s.

Já tricampeão da Stock Car (1999 a 2001, a bordo do Chevrolet Omega, Vectra chassi tubular com motor 6 cilindros e também com o motor V8, respectivamente), Chico realizou o sonho de disputar uma Mil Milhas com seu filho Daniel, que naquele ano estreava na categoria principal (Equipe Amir Nasr Racing) após ser vice-campeão da Light em 2006. Sobre Daniel Serra, cabe registrar que além de tricampeão da Stock (2017 a 2019), possui, dentre outras conquistas importantes, duas vitórias na classe GTE Pro nas 24 Horas de Le Mans (2017 com Aston Martin Vantage GTE e 2019 com Ferrari 488 GTE Evo).

Naquela Mil Milhas, pai e filho tiveram a companhia de Chico Longo na Ferrari 430 GT nº 74 da equipe JMB Racing. Inscrita na categoria GT2, a linda Ferrari largou da 13ª posição, com o tempo de 1min33s672. Na corrida, Chico, Daniel e Longo terminariam na mesma posição de largada, com 318 voltas completadas.

E desde então, Chico Serra não disputou mais nenhuma Mil Milhas. Mas quem sabe ele não volta em 2026?



 

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Bruno Santos e a vitória pernambucana na Stock Car Light 2001

No dia 06 de maio de 2001, o piloto pernambucano Bruno Santos fez história na categoria Stock Car Light, que utilizava os Chevrolet Omega 6 cilindros. Filho do grande piloto Rogério dos Santos, o "Jegue Voador", Bruno venceu a terceira etapa daquela temporada, disputada no Autódromo de Interlagos.

Naquela que marcou a terceira etapa do certame, o piloto pernambucano adotou uma postura de cuidado na pista, considerando a grande quantidade de entreveros, traduzidas em três intervenções do safety car nas 19 voltas de corrida. A segunda dessas intervenções, inclusive, fora causada pela escapada de pista do pole position e então líder (desde a largada) Pedro Gomes. Após 41min00s097 de corrida, Bruno Santos recebeu a bandeirada da vitória, tendo o carioca Elias Júnior na segunda posição.

Porém, com a punição de Elias em razão de ultrapassagem feita em bandeira amarela, a segunda posição ficou com Thiago Marques (que viria a ser o campeão da categoria naquele ano), seguido do xará Camilo. Ao final da temporada, Bruno Santos terminou na terceira posição no campeonato, com 65 pontos conquistados, atrás apenas do campeão Thiago Marques (115 pontos) e do vice Thiago Camilo (69 pontos), e à frente de nomes como Pedro Gomes, Mateus Greipel e Alexandre Conill.

Um outro resultado de destaque de Bruno Santos foi o segundo lugar na oitava e última etapa do certame, disputada no saudoso Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Rio de Janeiro/RJ.


Os 10 primeiros da terceira etapa da temporada 2001 da Stock Car Light:

1º) Brunno Santos (PE, Ypióca/Speed On Line), 19 voltas em 41min00s097

(média de 119,80 km/h);

2º) Thiago Marques (PR, Fulminset/Golden Bingo/Messacar), a 4s845;

3º) Thiago Camilo (SP, Timken/Divena/Mobil/Lusa Pneus), a 11s134;

4º) José Campanella (SP, Viper/Itororó/Goce), a 18s873;

5º) Elias Júnior (RJ, Filipaper), a 24s510;

6º) Vicente Siciliano Jr. (PR), a 32s455;

7º) Hansruedi Wipf (SUI, Victorinox), a 35s361;

8º) Délcio Correa (SP), a 36s513;

9º) Adriano Eroles (SP, Dragão/Centrosul), a 37s566 e

10º) Danuza Moura (PE), a 43s753.


Foto de Antonio Preggo

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Jan Balder e Emerson Fittipaldi - Mil Milhas de 1966

O registro de hoje trata-se da bandeirada final sendo dada ao DKW Malzoni da jovem dupla Jan Balder e Emerson Fittipaldi, que por muito pouco, não ganhou a oitava edição das Mil Milhas Brasileiras, disputada entre 19 e 20 de novembro de 1966.

Esse episódio, sobretudo em relação às voltas finais da prova, é um clássico da história do automobilismo brasileiro, e já foi muito bem contado por diversas publicações de renome. Assim, para não falarmos mais do mesmo, vamos nos deter a outros aspectos desse registro.

- O Malzoni da dupla Balder/Fittipaldi tinha motor com potência limitada a 981 cm³, inferior aos 1.089 cm³ dos outros Malzonis da Equipe Brasil (Uma espécie de espólio da Vemag, pois já não tinham mais apoio da fábrica), sendo o inscrito sob o nº 10 pilotado por Mario César de Camargo Filho (Marinho)/Eduardo Scuracchio, e o nº 4 sob o comando de Carlos Erimá/Norman Casari.

- Em razão de problemas com o óleo utilizado no motor (Castrol R40, de base vegetal), todos os carros da equipe tiveram problemas na largada, sendo que apenas o Malzoni nº 7 completou a primeira volta (com Balder ao volante), embora com cerca meia volta de atraso.

- Miguel Crispim, mestre da mecânica DKW, declarou em seu livro biográfico (Nasci Mecânico - Dos Carrinhos de Rolimã aos Carros de Corrida), que jamais trocou as velas do motor do DKW Malzoni da dupla Balder/Fittipaldi sem desligar o motor*, algo que além de contra o regulamento, seria muito arriscado de se fazer. O que houve foi a troca da vela do cilindro 1 sem o motor estar completamente frio (mas desligado).

- O Malzoni nº 7 assumiu a liderança por volta das 11h45min do domingo, após cerca de 180 voltas completadas, sendo que a partir da 195ª volta, passou a apresentar problemas elétricos. A causa, descoberta após a prova, foi a entrada de ar falso no cilindro 1, em razão de uma fissura na base do coletor de borracha dos carburadores.

- A segunda posição só fora perdida na última curva, quando o Malzoni nº 10 realizou a ultrapassagem.

E o resto é história...

* Pág. 114-115.




segunda-feira, 21 de julho de 2025

O piloto Adésio Santos

Assistir a uma corrida automobilística certamente faz com que o coração de um entusiasta bata mais rápido. E muitas vezes, esse ritmo pode criar uma nova trajetória para quem está do lado de fora da pista, trazendo-o para dentro da disputa. E foi o que aconteceu com o piloto homenageado de hoje, Adésio Santos.

Nascido em 09 de novembro de 1962 na capital pernambucana, Adésio Luiz de Souza Santos começou a sua carreira nas pistas após assistir a inauguração do Autódromo Internacional Ayrton Senna (Caruaru - PE), ocorrida em 13 de dezembro de 1992 com a 5ª etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Uno.

Sendo desde o início (e até os dias atuais) piloto e preparador do seu próprio carro, Adésio estreou em 1993 na categoria Fórmula F, na qual corriam Volkswagen Fusca e Fiat 147. Ainda disputou a temporada de 1994 da categoria, sendo que no ano seguinte, passou a correr na Speed 1600 (Fuscas) e na categoria Autocross, à bordo de uma gaiola equipada com motor 1600 refrigerado a ar.

E foi no Autocross que ele sofreu o maior acidente de sua carreira, ao capotar diversas vezes e só para após cair em um barranco de 12 (doze) metros de profundidade. Felizmente, o banco concha e o cinto de quatro pontos foram suficientes para fazer com que o piloto escapasse sem maiores ferimentos.

Na Speed 1600, Adésio correu de 1995 a 2002, tendo conquistado várias vitórias e títulos, além de ter sido terceiro colocado em uma prova da Super Speed disputada no Autódromo de Interlagos, no ano de 1996. E neste meio tempo, ainda foi vice-campeão da categoria Opala Stock Car (Nordeste) no ano de 1997, sendo este o carro que lhe deu mais prazer em guiar, conforme nos revelou em entrevista.

Sobre o Fusca com pintura vermelha que aparece nas fotos dessa matéria, uma curiosidade foi revelada pelo piloto quanto ao layout da pintura. As estrelas brancas que cobrem boa parte da frente do carro foram inspiradas na pintura do caminhão Scania de Oswaldo Drugovich Jr., bi-campeão da Fórmula Truck, que a partir de 1997, passou a disputar etapas no autódromo pernambucano.

Adésio também registrou participações em outras categorias locais, como o Campeonato Norte-Nordeste de Marcas e Pilotos entre 2001 e 2018, além da Turismo Light, de 2022 até os dias atuais. E foi no Marcas e Pilotos que conquistou a sua vitória mais marcante. Era a última etapa do campeonato de 2005, e Adésio ainda não tinha vencido nenhuma etapa. Para ser conquistar o título, precisava vencer as duas corridas, mas antes disso teve que contornar uma situação no mínimo curiosa.

O caminhão cegonha que levava os carros para o Autódromo de Fortaleza (situado na cidade de Eusébio - CE) ficou retido pela Polícia Rodoviária Federal no Estado da Paraíba, com a exigência da apresentação da documentação de todos os veículos. Sabendo do ocorrido, Adésio, que já estava em Natal - RN, voltou à Recife - PE, pegou uma carrocinha, os documentos do carro e levou o bólido rebocado até a pista, tendo chegado já no domingo. Mesmo largando em último, venceu as duas corridas, sagrando-se bi-campeão norte-nordeste da categoria.

Em sua carreira, Adésio sempre foi um piloto combativo, andando no limite e protagonizando grandes disputas com pilotos como Joca Ferraz, Fabrício Fechine e Nelson Donato Jr., os quais cita como grandes adversários na pista.

E para quem pensa que o amor por corridas fica restrito às quatro rodas, está bastante enganado. Adésio também compete no ciclismo pela categoria BMX, sendo hexacampeão brasileiro (2008, 2010, 2013, 2014, 2016 e 2022) e bicampeão panamericano (2008, em São Paulo e 2017, em Santiago Del Estero - ARG) na modalidade. E essa história começou no ano de 1984, quando foi passar férias na cidade de Arapiraca - AL, oportunidade em que conheceu alguns praticantes, ficando logo fascinado pelos saltos. Mas essa história teve um hiato, pois em 1987, após a disputa do campeonato brasileiro de BMX na cidade de Novo Hamburgo - RS, Adésio ficou até 2006 sem andar, em virtude de compromissos profissionais.

E este é o nosso breve resumo da carreira do piloto Adésio Santos, uma referência do automobilismo norte-nordeste e também do ciclismo brasileiro, e que representa também a máxima de que com talento e perseverança, você pode transpor os obstáculos e se tornar vencedor.

* Fotos da categoria Speed 1600: Antonio Preggo.


Nessa corrida, Adésio largou na pole position e venceu a prova. Ao seu lado, na primeira fila, está o piloto Edson Viana


1987






terça-feira, 8 de julho de 2025

100 Milhas da Paraíba 2025 - A corrida

Pois é, meus amigos, o Nordeste também faz corrida boa! Ontem, às 11 horas e 30 minutos, a bandeirada foi dada marcando o início da III edição das 100 Milhas, prova disputada em 52 voltas pelo traçado do Autódromo Internacional da Paraíba. Como uma grata surpresa, os 13 (treze) carros inicialmente previstos no grid ganharam a companhia de outros três competidores, aumentando o grid de largada para 16 (dezesseis) carros. Um deles foi o VW Fusca nº 51 (motor 1.6 do Fox) do multicampeão Adésio Santos, que foi pilotado por Fernando Lima.

Após a bandeira verde, o pole position (HB 20 nº 13 de Anderson Lira e Diego Matias) foi logo pressionado pelo Superturismo nº 20 de Fabiano Pereira, que liderou durante mais de 10 (dez) voltas.

A parte inicial da prova foi marcada pelas sucessivas entradas do safety car, motivadas pelos bólidos que iam encontrando problemas no caminho. O primeiro deles foi o Ford New Fiesta (cat turismo1.4) nº 5 da dupla Elder Júnior/André Campelo, que chegou a ser levado aos boxes, mas retornou à disputa posteriormente. Já a segunda intervenção foi mais longa, por sua vez motivada pela rodada e leve batida (em plena reta dos boxes) do Fiat Palio nº 55 de João Guimarães/Lucas. Foram mais de cinco voltas no ritmo do carro de segurança até que o guincho chegasse aos boxes e a pista fosse liberada.

Com o início das paradas obrigatórias, ocorrendo a troca de pilotos para quem corria em dupla, a liderança ficou com Thiago Pereira, do Superturismo nº 125, que não perdeu a posição até a bandeira quadriculada, sendo o vencedor da III 100 Milhas da Paraíba. Fabiano Pereira, que liderou a parte inicial da corrida, teve problemas com o seu carro, que inclusive causou a quarta e última entrada do safety car na pista.

Um dos destaques da prova foi a performance do nosso amigo Rômulo Amorim, caruaruense de nascimento, mas maceioense de coração, que aos 70 (setenta) anos e com grande experiência no automobilismo, disputou a prova sozinho no Fiat Palio nº 83 na categoria Palio Cup Super. Fazendo uma corrida de cautela, no melhor estilo Emerson Fittipaldi, Rômulo evitou problemas e terminou na oitava posição na classificação geral e em primeiro na sua categoria, desbancando a dupla concorrente do carro nº 55, muito mais jovem que ele. Meus parabéns, meu amigo! Você tem o automobilismo no sangue.

A terceira edição das 100 Milhas da Paraíba contou com a organização da Garagem 83, capitaneada por Elton Andrade, responsável também pela criação da categoria Palio Cup, que vem mostrando que o automobilismo sério e competitivo também pode ser feito a baixo custo.


🏁Campeões da 3a Edição das 100 Milhas do AIP!

🏆 Campeão Geral:

🥇Thiago Pereira 

🥈Lindolfo Jr / Ricardo Florêncio 

🥉Mardnoel Menezes 


Categoria PalioCup PRO:

🥇Mardnoel Menezes 

🥈Ivanildo Lins 

🥉Vitor Medeiros


PalioCup Super:

🥇Rômulo Amorim

🥈Lucas / João Guimarães


Categoria SuperTurismo:

🥇Thiago Pereira

🥈Thiago Dantas

🥉Fabiano Pereira


Categoria Turismo 1.4

🥇Lindolfo Jr / Ricardo Florêncio

🥈Elder Jr / André Campelo 

🥉Geraldo Freire / Michel Funini 


Categoria Turismo 1.6

🥇Anderson Lira / Diego Matias


Categoria 1.6 Light 

🥇Fernando Vasconcelos 

🥈André de Souza / Thulio Moura 

🥉Reis Matos / Aníbal Luiz


A íntegra da prova você assiste aqui nesse link


Alguns vídeos da prova







Resultado final

Elton Andrade, Rômulo Amorim e Adésio Santos

Pódio da categoria Palio Cup Super

Detalhe do motor (EA 111 1.6) do VW Fusca de Adésio Santos, que foi pilotado por Fernando Lima

domingo, 6 de julho de 2025

100 Milhas da Paraíba 2025 - Grid de largada

Bom dia queridos leitores! Logo mais, às 11 e vinte da manhã, teremos a largada da terceira edição das 100 Milhas da Paraíba. Ontem ocorreram os treinos classificatórios, que contaram com apenas 13 (treze) carros dos quase 20 (vinte) que estavam previstos para disputarem a prova.

Mas se lembrarmos que em 2020 tivemos as Mil Milhas Brasileiras com 12 (doze) carros, em um circuito (o templo Interlagos) com maior extensão do que o Autódromo Internacional da Paraíba, então ainda estamos em um bom nível de disputas.

Com a colaboração do nosso querido amigo Rômulo Amorim, que vai novamente disputar a prova em um Fiat Palio da categoria Cup, trazemos para vocês o grid de largada e algumas imagens dos treinos.




Fiat Palio do nosso amigo Rômulo Amorim



sexta-feira, 27 de junho de 2025

100 Milhas da Paraíba 2025

O automobilismo nordestino está em contagem regressiva para a realização da III edição das 100 Milhas da Paraíba, que será disputada no dia 06 de julho. Serão 52 voltas pelos 3.024 metros do traçado do Autódromo Internacional da Paraíba, situado em São Miguel de Taipu, a 41 km da capital João Pessoa.

O grid será formado por carros de categorias com diferentes regulamentos e características, sendo elas: Palio Cup, Turismo 1.4, Turismo Light, Turismo 1.6, Super Turismo e Protótipos. Na maioria dos carros, os pilotos se revezarão na pilotagem em duplas, sendo que em alguns casos, o piloto correrá sozinho, como por exemplo, o nosso amigo Rômulo Amorim. Nascido em Caruaru, mas Alagoano de coração, Rômulo disputou a última edição na categoria Palio Cup, em dupla com o kartista cearense Rodrigo Valença, terminando na 2ª posição da categoria.

Nomes como Alexandre Romcy, Dorivaldo Gondra Jr., Will Nogueira e Lindolfo Jr figuram na lista de pré-inscritos, que conta atualmente com cerca de 20 carros. A expectativa pela corrida é grande, e os treinos já começam na sexta-feira, 04 de julho. Para quem não puder acompanhar a prova no autódromo, o canal oficial do autódromo no Youtube (confira neste link) fará a transmissão ao vivo, sempre com a organização e apoio do Garagem 83.

Vencedores dos anos anteriores:

2024: Dorivaldo Gondra Jr. - Fiat Chronos 1.6

2023: Lindolfo Jr. - Chevrolet Onix 1.6*


* Joca Ferraz foi o vencedor em pista, a bordo do seu Protótipo MRX. Mas uma punição por ultrapassagens em bandeira amarela fez com que caísse para a terceira posição.











segunda-feira, 16 de junho de 2025

Mitsubishi Eclipse - Curitiba, 1999

Salve salve, meus amigos, tudo bem com vocês? O japonês sobre o qual falaremos hoje não é um desconhecido nesse espaço. Trata-se de um carro que já apareceu no blog em um já longínquo dezembro de 2013, época em que o Blog da Mil Milhas era uma criança inquieta de quase 04 (quatro) anos de idade.

O link dessa matéria, com o retrospecto do carro até o ano de 2001, você encontra aqui. Mas hoje vamos abordar especificamente a participação do Mitsubishi na 28ª edição das Mil Milhas Brasileiras, disputada em dezembro de 1999 do saudoso e assassinado Autódromo Internacional de Curitiba (detalhes e histórias dessa prova você pode encontrar no menu ao lado).

Depois da conquista do 3º lugar na geral e 1º na categoria 1 nos 1000 km de Brasília daquele ano, com o trio Valdir Florenzo (vencedor dos 1000 km no ano de 1985), Bruno Massari e Rodolfo Massari, o Eclipse GS 2.0 Turbo 1992 foi inscrito nas Mil Milhas praticamente com a mesma "cara" em que participou da prova no Planalto Central. Algumas diferenças foram a instalação dos faróis originais do carro, além da inclusão das logos de novos patrocinadores, como a tradicional Ancona, do ramo de performance automotiva, além do Roochelle Park Hotel. Na pilotagem, José Orleans Peixoto Júnior, campeão paranaense de endurance, na categoria Opala Stock Car, no ano de 1997, substituiu Bruno Massari.

Na prova, o valente samurai, cujo motor tinha cerca de 400 cv, tinha um ritmo de corrida forte, brigando pelas primeiras posições, quando por volta das 5 horas da manhã, uma quebra da caixa de câmbio acabou por tirar o trio da corrida, deixando Florenzo, Peixoto Jr. e Massari no 28º lugar com 143 voltas completadas (o vencedor completou 433). Cabe ressaltar que durante os treinos e a prova, o melhor tempo registrado com o bólido foi pelo piloto Peixoto Júnior.

*Fotos de 1999: Mário Ferreira




Nos boxes, durante os 500 km de Curitiba de 2004


500 km de Curitiba 2004 - Pilotos: Peixoto Jr., Natalio Stica e Luiz Giovanetti

segunda-feira, 2 de junho de 2025

VW's nas Mil Milhas de 1993

O registro de hoje nos traz três modelos da marca alemã que disputaram a 22ª edição das Mil Milhas Brasileiras, em 21 de janeiro de 1993. Na foto, podemos ver na primeira posição da fila o Passat nº 72 do trio Gustavo Canovas/Santos/Tomassetti, o Japamóvel (Voyage) do trio João Noboru Mita/Oscar Branco/Kowalczuk e o Voyage nº 32 da dupla Álvaro Cândido Filho/Arnaldo Cruz.

Só que dessa foto, valeu a máxima de que "os últimos serão os primeiros", visto que justamente o último carro da fila foi o melhor colocado na prova, com a nona posição na geral, após 335 voltas completadas.


terça-feira, 20 de maio de 2025

Opalas Stock Car - Mil Milhas de 1987

A 27ª edição das Mil Milhas Brasileiras, disputada em 25 de janeiro de 1987, teve a chuva insistente como característica mais marcante. Naquele ano, todos os treinos foram disputados debaixo de chuva, e somente na sexta-feira anterior à prova (a largada foi dada à meia-noite do domingo), abriu-se uma "janela" no céu de Interlagos, que deu aos pilotos e equipes uma oportunidade para um acerto mais fino.

No grid formado por 51 carros (foram inscritos 53), a pole position foi registrada pela dupla Sávio Murilo/Ingo Hoffman (Equipe Kohlbach), a bordo do Opala Stock Car nº 69, com o tempo de 3min05s90 (parceria que foi repetida no ano seguinte).

Mais uma vez, São Pedro abriu uma brecha no tempo antes de largada, deixando a pista relativamente seca, quando Ingo Hoffman partiu na frente do pelotão e manteve a liderança até a curva do sargento, momento em que foi ultrapassado por José Carlos Dias, o Zeca Salsicha (formando dupla com Leandro de Almeida no Opala Stock Car da Equipe Tapetes Bandeirantes/Bolsa de Valores).

A chuva voltou com intensidade a partir das 2h30min, sendo que neste interim, Sávio Murilo retomou a liderança, que durou até a volta 135. Neste momento, com a chuva em sua maior intensidade, uma verdadeira correnteza se formou na curva do sol, servindo de palco para algumas rodadas e escapadas da pista. Uma das vítimas desse "rio", quando tentava voltar à pista, acabou colidindo com o Opala de Ingo/Murilo, entortando-lhe o eixo traseiro ao ponto de necessitar a sua troca imediata.

A troca do componente implicou na perda de nove voltas, colocando fim nas pretensões de vitória da dupla (seria a primeira vitória de Ingo, que só conseguiu obtê-la 16 anos depois), sendo ultrapassada pelos Opalas Stock Car de Marcos Gracia/Luiz Alberto Pereira e Valdir Benavides/Júlio Coimbra. Mesmo assim, Ingo/Murilo ainda conseguiram descontar três voltas de desvantagem para os dois primeiros.

Os 10 primeiros colocados:

1º Chevrolet Opala Stock Car nº 67 Car Luiz Alberto Pereira e Marcos Gracia SP/GO – 206 voltas

2º Chevrolet Opala Stock Car nº 86 Walmir Benavides e Júlio Coimbra SP – 201 voltas

3º Chevrolet Opala Stock Car nº 69 Ingo Hoffmann e Sávio Murilo de Azevedo SP/SC – 200 voltas

4º Chevrolet Opala Mário Yokota e Neimer Helal SP – 197 voltas

5º Ford Maverick nº 11 Denísio Casarini e Luis “Pitoco” Rosenfeld SP – 195 voltas

6º Chevrolet Opala Stock Car nº 63 Ricardo Lang, Sidney Alves e José Fiamenghi PR/PR/SP – 194 voltas

7º Chevrolet Opala Fausto Wajchenberg, Vicente Corrêa e Sérgio Di Genova SP – 191 voltas

8º VW Voyage nº 3 José Cherchiai e Marco Galasso SP – 187 voltas

9º Ford Maverick nº 16 Dedé Gomes e Luiz Carlos Sansone SP – 186 voltas

10º Chevrolet Opala Sílvio Gléria, Carlos Col e Marcio Canovas – 184 voltas