Ao longo dos 56 anos de história e 36 edições disputadas, as vitórias na Mil Milhas ocorreram de forma confortável e tranquila em algumas vezes, e de forma mais apertada em outras, sendo o vencedor definido nos últimos momentos da prova.
A primeira grande diferença entre o 1º e o 2º colocado foi registrada em 1958, quando a dupla gaúcha Breno Fornari e Catharino Andreatta conquistou sua 2ª vitória na prova, a bordo da carretera Ford Nº 2, com 8 voltas de vantagem para Chico Landi e José Gimenez Lopes, com a carretera Chevrolet Nº 82 que posteriormente pertenceria a Camilo Christófaro. Essa marca durou até 1993, quando o trio formado por Antônio Hermann, Franz Konrad e Franz Prangemeier, dividindo a pilotagem do Porsche 911 Carrera RS Nº 4, venceu a prova (que teve largada pelo dia) com 11 voltas de vantagem para a dupla André Giaffone e Renato Marlia, que correu com o Aldee Coupê 2.0 Nº 3.
Dois anos depois essa marca foi quebrada novamente, pois Wilsinho Fittipaldi, Franz Konrad e Antônio Hermann venceram a 24º edição com uma vantagem de 15 voltas para o segundo colocado, o Porsche 911 RSR Nº 2 da mesma equipe, conduzido por Franz Konrad, Régis Schuch e Antônio Hermann. Os vencedores correram no Porsche 993 Nº 1.
Em 1997, outra vitória esmagadora, desta vez em outro palco, o Autódromo Nelson Piquet, em Brasília. Na ocasião, Piquet formou trio com Jhonny Cecotto (VEN) e Steve Soper (ING) para dividir a pilotagem do McLaren GTR BMW Nº1, modelo que durante anos foi o mais rápido e mais caro veículo de rua do mundo. O Mclaren de Piquet venceu a prova com a enorme vantagem de 21 voltas para o 2º colocado, um Porsche 911 pilotado por André Lara Resende, Régis Schuch e Maurizio Sala.
As 21 voltas de vantagem de Piquet & Cia só foram ultrapassadas em número 5 anos depois. Em 2002, Raul Boesel, Flávio Trindade e Régis Schuch conquistaram o lugar mais alto no pódio com 27 voltas à frente do AS Vectra 2.0 Nº 71 de Cláudio Ricci, Letícia Zanetti (com 16 anos na época) e Otávio Mesquita. O carro utilizado pelos vencedores foi o Porsche 911 GT3 RS, que já havia conquistado a vitória na prova anterior, em 2001.
Outras grandes diferenças entre o 1º e o 2º colocado foram registradas nos seguintes anos:
1999: 13 voltas
2001: 12 voltas
2007: 12 voltas
2008: 23 voltas
Em mais de uma ocasião (1961, 1966, 1981, 1984) o vencedor e o segundo colocado cruzaram a linha de chegada na mesma volta. Porém, foi em 1961 que a diferença foi mais apertada, ficando em apenas 12 segundos! Na ocasião, os gaúchos Orlando Menegaz e Ítalo Bertão assumiram a liderança da prova quando faltavam pouco mais de 30 voltas para o final. Em 2º vinha a dupla Christian Heins e Chico Landi, que passaram a ser favorecidos pelos pilotos paulistas, já que quando se aproximavam para ultrapassá-los, tinham passagem facilitada, enquanto que os gaúchos sofriam para ultrapassar alguém, pois todos fechavam a porta quando os líderes tentavam passar. A artimanha acabou não funcionando, pois a vitória veio para Menegaz e Bertão, ainda que com 12 segundos apenas de vantagem.
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