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terça-feira, 9 de outubro de 2018

As (quase) vitórias de Djalma Fogaça nas Mil Milhas Brasileiras


Caros leitores, é muito bom estar de volta a este espaço, depois de um hiato de alguns meses, em razão de impasses pessoais que tive que enfrentar. Porém, felizmente tudo nessa vida está em constante mutação, e só permanece em nosso caminho aquilo que é realmente necessário.

Neste retorno, trago para vocês o registro de participações destacadas do grande Djalma Fogaça nas Milhas, conhecido também como "Caipira Voador", que fez muito sucesso nos monopostos no início dos anos 90, e que em meados de 1997, aportou na antiga Fórmula Truck para fazer história com suas performances destacadas, brigando por vitórias e títulos com grande nomes da categoria.

Essa história começa em 1995, quando Fogaça disputou a prova a bordo de um AS Vectra, protótipo cujo AS do nome homenageia o tricampeão de F1 Ayrton Senna, fazendo com Renato Russo. No grid, a marca de 1min45s031 foi suficiente para a 5ª posição no grid. Contudo, quando estava na  terceira posição, o protótipo apresentou problemas mecânicos, tendo que abandonar a prova.

Na prova de 1996, o prenúncio de uma provável vitória: Pole position, com o tempo de 1min45s859. Em parceria com Fábio Sotto Mayor, vencedor da Mil Milhas de 1985, Fogaça liderou a corrida até ter o AS Vectra apresentar problemas no câmbio.

Em 1998, após a ausência de 1997, nova expectativa de vitória. Formando trio com Otávio Mesquita e Mário Covas Neto, Fogaça largou da 16ª posição do grid, com o tempo alto de 1min51s730. na corrida, um tocada segura permitiu que o trio alcançasse a 3ª posição na geral, com 367 voltas completadas, atrás apenas do AS Vectra vencedor e do Porsche 911 GT2 da equipe Konrad.

Porém, o detalhe mais valioso dessa prova fora o gesto de altruísmo feito pela equipe de Fogaça. O AS Vectra do trio vencedor (formado por Tom Stefani, André Grillo e Júlio Fernandes), já no fim da corrida, sofreu uma quebra em um dos triângulos da suspensão traseira, o que forçaria o abandono do bólido enquanto liderava com folga em relação ao Porsche. Diante disso, a Fogaça e sua equipe cederam a peça sobressalente à equipe Texaco do AS Vectra, possibilitando o prosseguimento na disputa e a consequente vitória. Não poderia ser diferente em se tratando do grande Djalma Fogaça. E como diz Alex Dias Ribeiro, você pode ser um campeão mesmo sem vencer. E nesse dia, ele foi.

1998

Durante a prova de 1996

Nos boxes, durante os treinos para a prova de 1996

1995

Largada de 1995

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