Ao acompanhar a disputa tanto pelo YouTube quando pelo Bandsports, confesso a vocês que bateu uma alegria muito grande em ver o patamar que a nossa querida prova está atingindo novamente. De uma disputa com grid limitado e cercada de desconfiança, em 2020, ao nível técnico de outrora que pudemos ver no último domingo, podemos dizer que as Mil Milhas se consolidaram novamente no cenário automobilístico nacional.
42 carros alinharam no eclético grid que nos remeteu à época de ouro da prova, pois onde encontraríamos, nos dias atuais, protótipos com tecnologia de ponta como o AJR e o Sigma, disputando espaço nas curvas com Fusca e Gol quadrado? Isso é Mil Milhas, meus amigos! Por falar em alinhamento do grid, cabe lembrar que a tradicional chuva deu as caras já na sexta-feira, dia 20, forçando a suspensão da tomada de tempos oficial, de modo que a ordem de largada foi definida a partir dos tempos registrados nos treinos livres. Por isso, o protótipo AJR nº 175, pilotado por Emilio Padron, Fernando Fortes, Fernando Ohashi e Henrique Assunção ficou com a pole position, com o tempo de 1min31s320.
A largada foi dada no tradicional horário de meia-noite, e a briga pela ponta ficou entre os dois favoritos, os protótipos Sigma e AJR. Ainda durante a madrugada, o Sigma teve problemas no alternador e abandonou no começo da manhã, em virtude a uma quebra da suspensão. A partir das 6 horas de corrida, o AJR passou a liderar de forma absoluta, pois nesse ínterim, o Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport da Stuttgart também chegou a ocupar a primeira posição na geral na parte noturna.
Em virtude do grande número de entradas do safety car (foram 17 acionamentos, no total de 70 voltas) a corrida terminou com 359 voltas, por conta do limite de tempo previsto pelo regulamento (12 horas mais uma volta), e não pela distância prevista (1000 milhas, equivalentes a 373 voltas no circuito de Interlagos).
Ao fim, o AJR verde nº 175 venceu com 05 voltas de vantagem para o Porsche, numa tocada segura e constante que é sua característica nas provas de endurance de curta duração (4 horas). Mais do que isso, a participação de 02 AJR na prova mostra que a principal categoria de endurance do Brasil está ao lado da organização das Mil Milhas, o que só vem a fortalecer a modalidade.
Pois é, meu amigos, felicidade define o meu estado de espírito diante da evolução das Mil Milhas após a retomada das disputas. Os trabalhos para o ano que vem já foram iniciados, e que em 2024, tenhamos ainda mais carros alinhados no grid, inclusive com tradicionais participantes, tanto em relação aos carros, como em relação aos pilotos.
Realmente, foi o ano da afirmação das Mil Milhas depois da sua volta em 2020. Uma prova democrática, que abriga o protótipo mais evoluído do país e o VW Fusca 1.600 no mesmo grid. Como tem que ser, é a sua essência!
ResponderExcluirCom certeza, meu irmão! E indo de encontro às más línguas e negatividade que insistem em querer sabotar a prova.
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