Neste clima de expectativa que antecede a realização de mais uma edição das Mil Milhas Brasileiras (ontem já tivemos carros na pista e hoje à tarde teremos o treino classificatório), vamos à terceira parte dessa nossa retrospectiva da prova, cujo início ocorreu no ano de 2020, com a disputa da 39ª edição.
O grid formado por 34 carros teve como pole position o protótipo Sigma P1 Chevrolet V8, pilotado pelo trio formado por Beto Ribeiro, Jindra Kraucher e Aldo Piedade Jr. Na primeira volta cronometrada da sessão, o bólido registrou o tempo de 1min35s225, em que pese ter alcançado 1min31s nos treinos livres. Contudo, a marca foi mais que suficiente para superar o carro vencedor da prova em 2021 por 4s8, o protótipo MRX #73 da equipe de Leandro Totti.
A largada foi dada à meia-noite do dia 23 de janeiro de 2022, e o Sigma liderou quase toda a prova, perdendo a primeira posição apenas em algumas oportunidades nas primeiras horas de disputa. Tal performance teve como um dos fatores a confiabilidade do equipamento, visto que os únicos percalços foram na quinta hora de prova, quando teve a quebra de um parafuso da suspensão, e em seguida uma falha na bomba de combustível. Tais fatores foram suficientes para deixá-lo na terceira posição da classificação geral, forçando uma prova de recuperação. Porém, a liderança fora recuperada na volta 194, e não foi mais perdida. No mais, o trabalho nas paradas de box se resumiu aos procedimentos de praxe e à troca das pastilhas de freio, e ainda, chegou a marcar a melhor volta da prova, com 1min34s489 (média de 164,489 km/h).
Em segundo lugar ficou o estreante que sequer havia treinado até a largada. Trata-se do Porsche 718 Cayman GT4 #55 da tradicional equipe Stuttgart, que foi pilotado por Marcel Visconde, Ricardo Maurício e Alan Hellmeister, terminando 11 voltas atrás dos vencedores e vencendo na categoria, depois de escalar todo o grid (o Porsche chegou a ocupar a 4ª posição na geral ainda na 1ª hora de corrida).
Problemas maiores foram enfrentados pela equipe Absoluta Racing e seu protótipo ABS - 01, que teve uma quebra do motor principal antes do treino classificatório. Correndo com um motor reserva (com cerca de 100 cv a menos do que o motor titular, o que representou um acréscimo de cerca de 4 segundos por volta), passou por sucessivos problemas nos stints iniciais da prova (embreagem, ponta de eixo e cubo de roda), fazendo com que o time perdesse mais de 4 horas nos boxes. Porém, como mostra de profissionalismo e respeito ao público, o time de Ney Faustini retornou à pista e terminou a prova na 26ª posição, com 170 voltas e a vitória na classe P2.
Entre os destaques da edição, podemos citar:
- #6 Protótipo Fusca DIMEP – Dimas de Melo Pimenta ll / Dimas de Melo Pimenta lll / Rodrigo Dimas de Melo Pimenta / Alex Dimas de Melo Pimenta (DIMEP) - 17ª posição na geral, com 233 voltas.
- #32 Porsche 914 Tubarão – Paulo Sousa / Galid Osman / Tiel de Andrade (MC Tubarão) – este carro quebrou durante os treinos e não chegou a alinhar no grid
- #22 Ford Mustang GT4 – Flavio Abrunhoza / Cassio Homem de Mello / Andre Luis Ribeiro Martins de Moraes Junior / Gustavo Conde (AutLog Team) - 22ª posição na geral, com 178 voltas.
- #1 Fuspyder – Rodrigo Bonora / Jorge Selmer / Igor Taques / Franco Dauer / Franco Lucca / Mário Marcondes (Bonora Racing) - 15ª posição na geral, com 257 voltas.
O resultado completo da prova você confere aqui, no Blog do meu irmão Rodrigo Carelli.
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